É impressionante como todas as especulações, todos os indícios, tudo converge, enfim, para confirmar que hoje, até agora, enquanto você está lendo este post, o ex-prefeito de Belém Edmilson Rodrigues não é mesmo o candidato do PSOL a prefeito de Belém.
Pode ser até que hoje, no final da noite, tenha-se a confirmação de que ele é pré-candidato, porque a política é a seara do imponderável, o do “boi que voa”. Mas, por enquanto, repita-se, as urnas não seduzem o ex-prefeito.
Agora mesmo, por telefone, vem nova informação:
- Falei com o Edmilson em Redenção, não faz muito tempo. Ele me disse que não quer saber de disputa eleitoral em outubro. Prefere cuidar de sua carreira acadêmica.
Pode até ser. Mas como o ex-prefeito está distante da mídia, ainda não está bem clara a estratégia do PSOL nas eleições deste ano.
Edmilson está na frente em todas as pesquisas pré-eleitorais que até agora estão sendo feitas. Já é um nome conhecido. Ainda filiado ao PT, foi prefeito da cidade por oito anos. Se ganhou por duas vezes, tem densidade eleitoral.
O PSOL, ao qual está filiado o ex-prefeito, é partido novo. Novíssimo, aliás. Ao contrário de Edmilson, precisa ganhar densidade, precisa se consolidar sobretudo em paragens distantes dos centros de poder, como a Região Norte. Para se consolidar, precisa de nomes fortes, que sejam uma referência, que puxem votos, como se diz.
Eis as duas realidades que se confrontam: de um lado, Edmilson tem votos, tem densidade eleitoral, mas não quer – ao que todos dizem – concorrer; de outro, o seu PSOL precisa de um nome forte como ele, mas nada indica que poderá tê-lo como candidato.
Aliás, um dos maiores indícios de que Edmilson – dono de um verbo fluente, de palavra fácil, ainda que se possa discordar dele – está longe da ribalta dos debates é seu blog, o Luzes da Floresta.
A última atualização que se registra por lá está datada de 8 de julho de 2006, já se lá se vão 18 meses, ou 1 ano e meio. Trata-se de referência ao grande escritor Benedicto Monteiro.
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