quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Pará concentra 80% dos casos de malária.

No AMAZÔNIA:

Os municípios paraenses de Pacajá, Itaituba, Jacareacanga, Goainésia, Anajás, Novo Repartimento, Novo Progresso e Cachoeira do Piriá concentram 80% dos casos de malária no Brasil. Os dados foram apresnetados durante reunião de avaliação do Programa Nacional de Controle de Malária, encerrado ontem em Belém.
Apesar do número alto, o secretário estadual de Saúde em exercício, Walter Amoras, disse que a doença está sob controle e a demanda está caindo no Estado.
O coordenador nacional do Programa de combate a doença, José Lázaro Brito Ladislau, lembrou que metade dos casos registrados no Brasil está concentrada nos municípios de Pacajá, Itaituba, Jacareacanga, Goianésia e Anajás. Ele admitiu que os dados revelam falhas no controle da doença. 'Num programa como o do controle e combate da malária, não faltam recursos pessoais e nem materiais. Por isso, não se pode permitir falhas', avaliou.
O relatório final da reunião realizada em Belém, será produzido hoje por técnicos da Secretaria Estadual de Saúde do Pará (Sespa). Não se sabe, no entanto, quando será enviado ao Ministério da Saúde.
Apesar de o Pará liderar os números da doença no País, José Lázaro garantiu que os registros dos casos de mortes por malária na Amazônia caíram de 1.009, em 2000, para 14 casos, em 2007. 'Agora, em 2008, a meta é diminuir mais ainda', revelou.
Números da Sespa mostram que no primeiro semestre de 2007, foram registrados 35 mil casos da doença. De janeiro a junho deste ano, os registros somam 29,5 mil, o que significa uma redução de 17%.
Críticas - José Ladislau criticou a Sespa, pois o Pará foi o Estado que menos aderiu ao Programa. 'Ainda falta um envolvimento maior entre os gerentes de saúde. A Sespa precisa promover uma maior fiscalização no controle da doença, que envolve diagnóstico e acompanhamento e assumir o compromisso de incluir o programa de controle de malária de forma eficaz', avaliou.
A reunião de avaliação do Programa de Controle de Malária, promovida pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Sespa e a Secretaria de Saúde do Município (Sesma), teve como objetivo de avaliar os casos de malária da região amazônica e estruturar novas ações de combate a doença. A reunião contou com a presença de 70 pessoas.

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