O Diário do Pará, da família do governador
Helder Barbalho, traz na edição deste domingo (05) essas duas notas, que estão
na principal coluna do jornal, na página 2.
Elas representam, preto no branco, o prenúncio
de um escândalo.
O escândalo é duplo.
Primeiro, pela corrupção desbragada que, segundo
o próprio jornal do governador, estaria grassando, mais do que o novo coronavírus Covid-19, em quartéis da Polícia Militar no sul do Pará.
Segundo, porque ninguém menos que o comandante
da Polícia Militar, coronel Dilson Junior (com Helder, na imagem abaixo) estaria se omitindo em adotar, como
se diz no linguajar burocrático, as devidas providências para instaurar os
procedimentos investigatórios a seu encargo.
E omissão de agentes públicos na apuração de indícios
de crimes que chegam ao seu conhecimento também é, como todos sabemos, um crime.
O crime de omissão.
Eu acredito, sinceramente, até que a Terra é
plana.
Mas não acredito, de jeito nenhum, que o governador Helder Barbalho só
foi tomar conhecimento desses indícios de escândalo e da omissão do
comandante da PM ao ler seu próprio jornal, na manhã deste domingo.
Então, com dizia o Arnaldo, a regra é clara: as
duas notas são um recado - explícito, contundente, direto e público - de Helder para o coronel Dilson Junior.
Tipo assim: Eu
já sei que tu sabes. Sei também que tu sabes e não estás movendo uma palha pra
apurar isso. Portanto, te mexe.
Ah, sim.
E quanto ao Ministério Público Militar,
certamente já seu deu por intimado do assunto. E, claro, vai agir.
Vai requisitar a abertura do tal rigoroso inquérito.
Como não?
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