Nise Yamaguchi, a médica oncologista e
imunologista que nos últimos dias tem virado uma celebridade nacional, já
esteve no Pará.
Em 2018, ela foi uma das conferencistas do XIX
Congresso Médico Amazônico, que aconteceu de 23 a 25 de junho daquele ano, em
Belém.
À época, o site do Sindicato dos Médicos do
Pará (Sidmepa) fez uma excelente entrevista com ela, sobre o tema que abordou
no congresso: “Segredos
para uma vida longa com qualidade”.
Sumidade na área da oncologia no país e
considerada pioneira na humanização do tratamento de pacientes de câncer,
Yamaguchi não é uma porralôca, com
muitos pretendem pintá-la. Vejam aqui as qualificações.
A médica tem sido estigmatizada porque a
discussão sobre o uso da hidroxicloroquina no combate ao Covid-19 aproximou
suas teses das que são defendidas por bolsonaristas e, obviamente, afastou-a dos
que consideram os bolsonaristas uma horda de lunáticos prestes a despencar de
um dos lados da Terra plana.
É uma pena que este confronto ideológico –
extremadamente ideológico – esteja conduzindo um debate que deveria ser
técnico, médico e científico – não necessariamente nessa ordem.
Assim, a discussão descambou para uma espécie de
Rex-Pa, que termina sempre com torcedores se espancando, como se fossem
selvagens.
Yamaguchi vem sendo estigmatizada porque, como
outros profissionais da Medicina, defende que a hidroxicloroquina, associada ao
antibiótico azitromicina, seja ministrada a pacientes já nos estágios iniciais
do Covid-19, ou seja, nos primeiros cinco dias, e não apenas nos estágios
avançadíssimos da doença, como está recomendando o Ministério da Saúde.
Por que não ouvi-la, como também a outros
médicos, com menos preconceito e menos parti
pri ideológico?
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