José Maria Marin: que tal um estadista desse, hein? |
Com todo o respeito aos coleguinhas.
Com todo mesmo.
Mas o certo é que já não se fazem entrevistas
coletivas como antigamente.
Aliás, como vocês sabem, entrevistas coletivas,
quase sempre, são o cenário ideal para o nada dizer e para exibicionismos
explícitos. Quase sempre.
Agora, quando os coleguinhas, em vez de se
portarem como jornalistas, portam-se como tietes – ou quase isso -, aí a coisa
pega.
Pega vergonhosamente. E como!
E no Brasil, vêm sendo cada vez mais frequentes
as entrevistas coletivas em que coleguinhas e tietes, tietes e coleguinhas parecem
todos uma mesma coisa. A mesmíssima coisa.
Na apresentação dos novos coordenadores técnicos
da seleção brasileira, coleguinha-tiete chamou de estadista – de estadista,
meus caros - o presidente da CBF, o notório José Maria Marin, aquele envolvido
com gatos
e ditaduras.
Há pouco mais de uma semana, logo depois do jogo
de estreia de Vanderlei Luxemburgo como técnico do Flamengo,
coleguinha-quase-tiete perguntou-lhe, lá pelas tantas, como era que o “vovô
Luxemburgo” se sentia depois da vitória rubro-negra por 1 a 0 sobre um Botafogo. Um verdadeiro
mimo de pergunta para encher o ego do treinador e de familiares seus, presentes
no mesmo ambiente da entrevista.
E mais recentemente, cenas explícitas de
tietagem protagonizadas por coleguinhas que estiveram na coletiva em que o Felipão foi
apresentado como o novo treinador do Grêmio.
Eita! Ali é que foi mesmo. O clima entre
coleguinhas e treinador era do tipo “estamos em casa”.
Vish.
Com todo o respeito aos coleguinhas.
Mas o certo é que já não se fazem entrevistas
coletivas como antigamente.
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