PT não teme envolvimento de petistas em fraudes

Petistas, segundo alguns deles garantem ao blog, não estão nem um pouco preocupados com a possibilidade de surgirem as digitais do cumpanhero Miriquinho Batista, deputado federal, em documentos que eventualmente comprovem irregularidades em licitações ou nomeações de funcionários na Assembleia Legislativa.
A partir das três últimas semanas, como se sabe, promotores que cascavilham os papéis que receberam - centenas de quilos deles, podem apostar - vão se concentrar na análise de processos licitatórios ocorridos nos quatro anos da gestão do peemedebista Domingos Juvenil e na gestão de Mário Couto.
As licitações, têm dito abertamente os promotores, formam um veio que conduz a um filão de irregularidades. Já começaram a aparecer desde falsificação de documentos até um laranjal imenso. Miriquinho foi primeiro secretário da Mesa, durante a gestão Juvenil.
A primeira secretaria é uma espécie de gerentona, que toca o dia da Casa.
Tem enormes poderes, portanto. E o primeiro secretário assina muita coisa. Pode assinar inclusive contratos, solidariamente com o presidente ou por delegação dele.
Mas o PT, repita-se, não está nem aí.
Um petista disse ao blog, inclusive, que os deputados do partido, quando tomaram a decisão de assinar a CPI proposta pelo deputado Edmilson Rodrigues, não consultou antes o deputado Miriquinho Batista, para sabe com ele próprio se havia alguma possibilidade de seu envolvimento nas fraudes.
A decisão de aderir à CPI, acrescentou o mesmo, seguiu o princípio de defender a instituição, desvendar completamente as fraudes e demonstrar à sociedade que o PT não tem qualquer receio da apuração, ainda que isso possa, eventualmente, revelar a participação de petistas em ilicitudes.
Por isso, afirma o mesmo petista, é que o partido se acha, pelo menos neste caso, com autoridade moral para cobrar dos outros, inclusive e principalmente o PSDB e PMDB, que façam o mesmo, independentemente de injunções políticas.