Então é isso.
As operadoras de cartão de crédito – dizque – vão cumprir acordo que, se for cumprido, tem tudo para evitar que os consumidores sejam desrespeitados.
O acordo, chancelado pela Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Créditos na última terça-feira, impedirá que as empresas, por exemplo, mandem cartões para gente que nunca os pediu.
O cartão só poderá ser entregue se for solicitado.
Além disso, todas as faturas deverão ter explicações sobre os riscos e as consequências do pagamento mínimo do cartão, para ficar bem claro que isso é um financiamento e qual o valor dos juros.
Ótimo.
Um acordo como esse é mais do que bem-vindo.
Mas outros acordos bem que poderiam ser fechados.
Inclusive com as próprias operadoras de cartão de crédito.
Seria um acordo para acabar com esse desrespeito, com essa agressão, com essa invasão de privacidade que se configura com esses telefonemas que empresas e bancos dão para a casa das pessoas, para oferecer produtos e tudo o mais.
Isso, repita-se, é uma agressão à privacidade.
E invasão de privacidade é caso de polícia.
Mas milhares, milhões de pessoas, todo dia, o dia todo, são importunadas em suas casas ou em seus telefones celulares por empresas e bancos que ficam ligando.
E um acordo para que isso tenha um fim, quando é que será firmado?
Ou não será?
Ainda há pouco, por exemplo, tocou o telefone celular aqui.
Era um cidadão do Banco Santander, perguntando se o pessoal da redação não tinha interesse em “conhecer os nossos produtos”. No caso, os produtos dele, do Santander.
Putz!
O telefone foi desligado no ato.
Foi simplesmente desligado.
Foi desligado, como se diz, na cara, na lata do cara do Santander.
Porque nem ele, nem o Santander, nem ninguém tem o direito de invadir a privacidade dos outros para tratar de assuntos que não interessam ao dono do telefone.
E como o número do telefone do cara do Santander ficou gravado no celular, qualquer dia desses o pessoal aqui da redação vai ligar para o cara do Santander, na hora em que ele estiver dando uma soneca, para perguntar se o cidadão quer comprar um título de sócio remido do Íbis.
O Íbis Esporte Clube, o pior time do mundo.
Hehehe.
3 comentários:
A coisa está braba, caro post.
Há cerca de dois meses, recebi um telefonema de uma empresa de turismo de São Paulo, querendo que eu aceitasse um pacote de hotel cinco estrelas de um desses eventos que se realizavam lá na minha área de interesse.
Cândidamente a "moça" (era uma voz feminina) disse que já tinha todo o meu cadastro: RG, CPF, endereço, telefone e o número de um dos meus cartões de crédito, porque eu era um "cliente especial" e uma porção de lorotas mais, e só "precisava" agora da minha "autorização" para fechar o pacote.
Disse logo que não, que não tinha viagem agendada a São Paulo e nem iria a São Paulo este ano, e desliguei.
Para minha surpresa, na fatura do cartão de crédito já estava lá a primeira de quatro parcelas desse tal pacote.
Liguei pro Cartão, que tirou o corpo fora, jogou a batata para a tal empresa que promovia o tal evento, pois no seu banco de dados a operação constava como "autorizada pelo cliente".
Como não tinha o telefone dessa tal empresa, tive que contar com a ajuda de amigos em São Paulo para descobrir. Aí foi uma novela, meu caro post, os caras enrolavam, enrolavam, enrolavam e não davam solução nenhuma, embora admitissem que, de fato, da gravação do telefonema comigo não constava nenuma "autorização" para nada.
Voltei-me contra o Cartão, ameacei cancelar o Cartão e e a conta do banco e ajuizar ação contra o Cartão e o banco, pois eu já tinha gravado o telefonema com a empresa em que admitiam que nõ telefonema originário eu não tinha autorizado coisa nenhuma, queria que exibissem a gravação com minha suposta "autorização", ameacei ir no Procon, mo Ministério Público, na Polícia Federal, onde fosse preciso, nem que a vaca tussa...
Aí o Cartão recuou, depois de mais de um mês de enrolação: cancelou o desconto e me mandou um novo cartão com novo número (porque eu tinha, claro, o justo receio de que o cartão velho já estivesse "clonado").
Agora uma perguntinha para o Pai dos Pobres e a Mãe dos Ricos e para todas essa penca de agências regulatórias e fiscalizatórias da vida que pululam por aí: como é que a tal empresa de eventos tinha o meu cadastro inteirinho, tim-tim por tim-tim, se eu nunca ouvira falar nela sequer por um mísero dia?
Divulgo o "golpe" para que os leitores do blog se acautelem.
adorei esse post, pois sou mais uma das milhares de pessoas que passam por isso, eles ligam nas horas mais importunas possíveis, o pior é que eu já levei telefone na cara direto, isso é um total DESRESPEITO com a gente, porque além do cara ligar pra tua casa sem você ter sequer dado o seu nº de telefone, ainda por cima te trata mal quando vc diz que não está interessado? alguém tem que fazer alguma coisa! SOCORRO!!!
Proponho que todos desliguem imediatamente seus telefones, ou façam o sujeito de lá esperar ... esperar... esperar. Só assim para de torrar a paciência.
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