quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Por que há espertalhões? Porque há ingênuos.

Vejam só.
O mundo é dos espertos, dizem os espertalhões.
Mas no mundo só há espertalhões porque muitas de suas vítimas não têm a mínima esperteza para perceber as espertezas dos outros.
Olhem só.
A bandidagem campeia em todo lugar.
Mas haveria menos bandidagem se houvesse menos ingênuos.
Escutem só esta.
Foi contada ao poster por um taxista.
Ontem, no início da tarde, ele apanhou uma senhora no Jaderlândia 2.
Ela tem aparentemente uns 40 anos.
Não tem idade, portanto, para ingenuidades.
Nenhuma ingenuidadade.
A mulher, esbaforida, entrou no carro e pediu que o taxista a levasse a um ponto de recarga de telefone celular.
Ele obedeceu.
Parou numa espécie de oficina que conserta motos.
O taxista ficou esperando na porta e ela entrou.
Já estava há uma meia hora dentro da oficina, quando o taxista resolveu entrar para ver o que estava acontecendo.
Viu e ficou aparvalhado com o que viu.
A mulher recebia orientações de um interlocutor para autorizar recargas em outros telefones celulares.
Ela autorizou, ao cabo de quase uma hora, nada menos - acreditem - de R$ 4.200,00 em recargas.
Até que a senhora se tocou ter sido vítima de um golpe.
Candidamente, ingenuamente, ela confessou ao taxista e ao dono da oficina que recebera um telefonema de alguém que se dizia funcionário de uma emissora de televisão.
Ele, o tal funcionário, garantia à mulher que ela recebera de prêmio um carro zerado, novinho em folha.
Para receber o prêmio, a suposta premiada precisaria apenas autorizar as recargas, porque seria de alguma forma ressarcida depois.
Ela acreditou.
Torrou R$ 4.200,00. Não tem como pagar. E a oficina não tem como receber.
O taxista ficou tão penalizado com a situação e tão aparvalhado com a ingenuidade da mulher que resolveu nem lhe cobrar a corrida, que totalizou R$ 33,00.
O golpe, sabem todos, é frequente e disseminado.
Mas se continua, é porque existem ingênuos como essa pobre mulher.
E podem apostar.
A bandidagem campeia em todo lugar.
Mas haveria menos bandidagem se houvesse menos ingênuos.
Fora de brincadeira.
De toda a brincadeira.

4 comentários:

Lafayette disse...

Desculpe-me, caro poster. Caro poster, desculpe-me. Ou, como queira, só me desculpe. (rs)

Mas, "pobre mulher", "ingênua", "Mas haveria menos bandidagem se houvesse menos ingênuos.", deve, ao meu ver, ser dito, ser acrescido de: "pobre mulher gananciosa", "ingênua e gananciosa", "Mas haveria menos bandidagem se houvesse menos ingênuos e menos gananciosos".

Quem "cai" em golpe deste "naipe", caro blogueiro, cospe pra cima!

Bom dia.

Thiego ABC Sampaio disse...

Acredito que a ingenuidade, em muitos destes casos, como antigamente o golpe da Mega-sena premiada, não vem só da ingenuidade, mas dá "ganância", no sentido de a vontade da pessoas conseguir algo de "mão beijada". A verdadeira ingenuidade beira a bondade, é de quem não tem malícia, mas o fato d querer ganhar algo de "mão beijada" a meu ver tem um ponto de malícia, oq anularia esta ingenuidade. Talvez no lugar de ingenuidade poderia-se dizer que abusou-se do sonho de alguém, mas não seria da ingenuidade.

Anônimo disse...

Este ano já ganhei quatro automóveis da marca Volkswagen, modelo Fox. Recebi a informação da premiação pelo meu telefone movel. Sou um ganhador internacional,também, pois fui contemplado para receber parte de uma elevada poupança deixada por um correntista ingles, sem herdeiros, no Banco de Desenvolvimento da África, algo em torno de 1,5 milhão de dollares, comunicado feito por e-mail, em inglês. O interessante é que o comunicado é feito pelo gerente de negocios do banco que pediu-me sigilo. O valor é partilhado ficando 40% para mim e 60% para o gerente do banco. Recebi também um e-mail de uma viúva da Inglaterra dizendo-me que repassaria a herança que seu marido deixou em um dos paises do Oriente Médio porque estava acometida de uma doença incurével. Sabia que sua morte estava próxima e que não poderia dispor e usufruir do dinheiro. Então, ela passaria para mim uma quantia fabulosa de dinheiro com o comprimsso de distribuir parte a instituições de caridade católicas. Respondo a esses e-mail agradecendo a lembrança e gentileza, mas que prefereria que o dinheiro fosse doado para um fundo de combate aos crimes da web.

Anônimo disse...

Prende a ingênua já, que vitimou o dono da oficina.