No Blog do Emílio, de José Emílio Almeida, presidente da Associação dos Concursados do Pará, sob o título acima:
Incrível, mas ainda existem petistas que acham que o PT ainda é um partido da esquerda. Ora, se o PT ainda é um partido de esquerda, então o PSDB também é.
Afinal, nada diferencia um do outro. PT e PSDB estão na mesma canoa neoliberal capitalista, sustentados pela especulação financeira internacional. Ambos servem aos poderosos conglomerados empresariais com suas matrizes em países europeus, asiáticos e, sobretudo, nos Estados Unidos. E são responsáveis diretos pelo, cada vez maior, lucro das instituições financeiras.
Fatos não faltam para identificar onde se encontra hoje o PT, especialmente pela falta de ética nas decisões partidárias para tentar reeleger a governadora Ana Júlia Carepa.
Entre elas está a busca de apoio em figurinhas cujas mãos ainda estão encharcadas de sangue, como o ex-governador Almir Gabirel, decisão que consolidou o PT na direita oportunista e amante do Poder a qualquer custo.
Somando as alianças feitas anteriormente, que iam de Wladimir Costa a Gerson Peres e se emporcalhavam de vez com Duciomar Costa, o PT deixou clara a sua posição de não fazer mais parte da esquerda.
Mas, bem antes, quando ainda nem se cogitava aliança com Almir Gabriel, Duciomar Costa e todos os outros personagens já condenados pela história, o PT já estava sem a alma da esquerda. Já havia se tornado um partido oco, um zumbi, um cadáver sem o mesmo espírito do passado.
Aqueles que davam vida e graça ao Partido dos Trabalhadores, ou foram expulsos, como o ex-deputado Babá, ou saíram indignados, como fizeram Edmilson Rodrigues, e tantos outros.
Restaram no PT dois tipos de filiados. Um deles é formado por pessoas de boa índole, que ainda acreditam que permanecendo, podem fazer o partido voltar a ser o que era antes. Mas esses já estão perdendo a paciência e aos poucos desistindo da idéia. Logo logo sairão do partido.
O outro grupo é formado por verdadeira raposas. Aliás, os verdadeiros responsáveis pela atual situação em que se encontra o Partido dos Trabalhadores.Mas, o que está por trás deste discurso é apenas a conveniência oportunista. Aliás, uma característica do próprio PT.
7 comentários:
Mas para os intelectuais orgânicos do partido, Almir, Wlad, Gerson Peres, Luiz Sefer e Duciomar são verdadeiramente combativos companheiros. Ou seja, estão todos de mãos dadas combatendo o mesmo combate.
Prezado José Almeida,
Logo se vê que és um ingênuo de pensar que ser de esquerda é ser puro, o que denota teu espírito messiânico. Esquerdista típico sempre acha que caminha ao lado da História, que nunca está errado e que "o outro lado" representa o Mal, que deve ser combatido até o fim dos tempos. Observa bem, caro José Almeida, a esquerda sempre cometeu seus, digamos, errinhos estratégicos - foi assim quando Prestes apoiou Getúlio depois de deixar a prisão getulista; foi assim quando Stálin assinou o pacto de não agressão com Hitler (depois, Stálin ficou surpreso quando Hitler rompeu o pacto e invadiu a URSS) e é assim quando Lula, cansado de perder eleição, se uniu a José Alencar, abrandou o discuro e a imagem para chegar lá (e nem vou falar do que fizeram e fazem os irmãos Castro na infelicitada Cuba). Nunca houve, em resumo, uma esquerda pura, como pretendes sugerir. Essa Idade de Ouro a que tu te referes nunca existiu, nunca existirá. Simplesmente, te digo, José Almeida: Acorda, companheiro!!!
Tirando a parte clichê do neoliberalismo, concordo com ele.
Ótima análise. Em poucas palavras o autor fez uma das avaliações mais completas que já li.
Sérgio Augusto Lopes
Camarada Emilio, e o PSOL é? ou já esqueceu que o senador Randolfe do PSOL eleito pelo Amapa, foi coligado com Lucas Barreto do PTB. Não esqueça que o Lucas Barreto é afilhado do Sarney.
Gostei desta avaliação. Espero que os verdaeiros militantes da esquerda que ainda estão no Partido dos Trabalhadores tenham aprendido a lição. Tal qual o PT, que atualmente se encontra nas fileiras do fisiologismo, PV, PSB, PDT e PSDB se julgam de esquerda. Mas não passam de um aglomerado de partidos que atuam conforme a conveniência. Se vendem conforme a ocasião.
Parabéns ao Emilio pelo texto.
Professor Raul Quadros.
São todos farinha do mesmo saco!!!!!
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