segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Cardozo, o papagaio de pirata. Jader terá visto o discurso?

Putz!
Fora de brincadeira.
Mas o deputado federal Jader Barbalho não deve ter assistido ao primeiro pronunciamento da presidente eleita, Dilma Rousseff.
Ou melhor: deve ter começado a assistir, mas é muito provável que tenha desistido logo nos primeiros dois ou três minutos.
É que um dos papagaios de pirata – aquela turma que, para aparecer, se posiciona bem atrás do personagem principal – era Sua Excelência o deputado federal José Eduardo Cardozo (com “z” mesmo), do PT de São Paulo, um dos homens fortes da campanha de Dilma.
Ele é o que aparece na foto acima, atrás de Dilma, entre Magno Malta e José Eduardo Dutra.
Cardozo apareceu, ao vivo e em cores, durante todo o discurso de Dilma, transmitido por todas as emissoras de televisão do País.
Foi ele quem encaixou na Lei da Ficha Limpa, quando o projeto ainda estava em discussão na Câmara, uma emenda prevendo que os renunciantes ao mandato para escapar de processo por quebra de decoro parlamentar seriam inelegíveis.
A emenda proposta por Cardozo tinham um endereço, ou melhor, um nome certo.
Joaquim Roriz, o ficha suja do Distrito Federal que acabou não concorrendo ao governo do Distrito Federal.
Pois a emenda acabou acertando trocentos outros, inclusive Jader, tornado inelegível por oito anos, decisão do TSE confirmada pelo Supremo.
Jader está com ódio no coração de Cardozo.
Vejam aqui o que ele, Jader, disse numa entrevista à Agência Estado, disponível no Blog da Repórter:

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Mas há uma norma pela qual o candidato responsável por provocar uma nova eleição não pode concorrer. O sr. vai aguardar as eleições de 2014 para disputar o Senado novamente?
Neste caso, o agente causador da nova eleição não serei eu. O responsável é o deputado José Eduardo Martins Cardozo que, se fosse candidato no Pará, não poderia disputar. Foi ele quem causou a inelegibilidade porque a questão da renúncia ao mandato não estava na proposta popular da Ficha Limpa. Se a eleição para senador do Pará for anulada, hoje, não é porque o candidato fraudou, comprou votos ou cometeu abuso de poder econômico. Eu não dei causa à nulidade da eleição.

O sr. está dizendo que a culpa é do deputado do PT José Eduardo Martins Cardozo?
O único responsável por isto é ele, o coordenador da campanha da Dilma Rousseff a presidente. Foi ele quem colocou uma encomenda do PT do Distrito Federal na lei da qual foi relator. Os radicais comunistas, fascistas e nazistas têm um ponto em comum: não respeitam as regras democráticas.

9 comentários:

Flávio Sidrim Nassar disse...

Falando em Papagaios, alguem sabe quem é a papagaia que esta ao lado do Temer? É muito velha pra ser mulher dele. Égua da cara ridicula...

Anônimo disse...

Impressionante
Sempre pensei que Jader era o político frio, com excelente senso de oportunidade.
O que aumentava a segurança dessa avaliação é a forma extraordinária como ele conseguiu reerguer o PMDB, depois de destroçado pelos tucanos.
Mas, o mais impressionante é que, agora, sou obrgado a refazer minha avaliação.
Ele foi, sem dúvida, o maior derrotado dessa eleição.
O PT perdeu, mas a virada do fim do segundo turno, com a diminuição da distância entre Jatene e Ana, mostrou que o Partido continua de massas e com grande poder de mobilização.
Perdeu uma batalha eleitoral, como é de todo Partido, mas não foi dizimado, longe, muito longe disso.
Aumentou a bancada federal, dobrou a bancada estadual. Sai ferido do processo. Mas com musculatura.
Já Jader, ajudou, todos sabemos, a vitória do amigo Jatene, mas não pode mostrar a fatura a ninguém. Perdeu com o (forte) PT nacional e perdeu no PMDB nacional, vendo esvair-se o que lhe resta de influência nas (gordas) empresas públicas da União.

Anônimo disse...

Jader pode ficar com raiva de quem bem entender, mas eu não entendo uma coisa: sendo ele muito próximo ao Lula, Sarney (que preside o congresso) e Temer(a Câmara e vice de Dilma) caciques do PMDB, não tenham tido bagagem suficiente para mudar esse quadro adverso a ele (Jader) e até conseguido a nomeaçao de 11º ministro.
Eu começaria aborrecidíssimo com os meus "companheiros" de partido. Certo? Isso mais parece uma "daquelas" rasteiras ou fogo amigo. hehehe

Poster disse...

Hehehe.
Caro Flávio.
É a Luiziane Lins, petista e ex-preeita de Fortaleza.
Aquela que quebrou o pau com Ciro Gomes, o valentão dos sete mares, e disse que não aceitava ser mandada por ele na campanha da Dilma no Ceará.
Abs.

Anônimo disse...

Tá explicada a razão pela qual largou a Ana Júlia.

Anônimo disse...

Sendo ele muito próximo ao Lula... bem, isso foi antes. Mas ele não atendeu Lula. E o PMDB nada fez sequer para garantir uma boa votação à Dilma. Vejam Ananindeua, por exemplo. Quem quiser pode passar pelos blogs, pelas manifestações dos deputados pemedebistas, e ver se houve campanha do PMDB de Jader à Dilma.
O Jader era, de fato, muito próximo ao Lula. Mas traiu Lula, pois o seu PMDB não ajudou a candidata de Lula no Pará.
E agora, sem mandato, tendo de enfrentar os juízes em processos comuns, como qualquer cidadão, não pode ostentar a amizade com Lula, que nem é mais presidente.
Quanto à Dilma, ela constrói seu governo com os seus aliados de verdade. E o Jader Barbalho, claro, distante, cada vez mais distante desse círculo.

Anônimo disse...

Jader é o Almir da vez!

Anônimo disse...

JB resistiu à chantagem e isso é significativo.

Anônimo disse...

Até que enfim, a derrocada de um dos últimos coronéis da política nacional.

Jader foi traído pelo seu superego. Pela auto-confiança na sua astúcia política. Confiou muito no seu "prestígio" e acabou subestimando adversários, um erro inaceitável por Sun Tzu!

Sua estratégia de sangrar o governo do PT sem abrir mãos dos DAS mantidos no governo hemorrágico, praticando chantagem política tanto com o PT quanto com o PSDB, estava corretíssima na lógica da noiva, não fosse a falta de direcionamento blocado do PMDB no segundo turno em razão de interesses do clã Barbalho!!!!

Quem apoiou Jatene no segundo turno não foi o PMDB, mas sim alguns deputados estaduais e federais do partido. A postura de "liberar" a bancada para apoiarem quem quisessem ao sabor das conveniências político-eleitorais de cada um, feriu de morte o legado político de Maquiavel em sua célebre obra "O Príncipe".

O poderoso e astuto engenheiro da política, Jader Barbalho, fechou os olhos para os ensinamentos seculares de Maquiavel e Milenar de Sun Tzu, nas obras que repousam em sua cabeceira: O Princípe e A Arte da Guerra.

Que bom!!!! Agradecem os paraenses. A cobra vítima do próprio veneno!!!