quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Asconpa diz que o governo está mentindo

O presidente da Associação Associação dos Concursados do Pará (Asconpa), José Emílio Almeida, sustenta que não há a menor procedência, a menor veracidade, a menor transparência na republicana na afirmação do secretário de Governo, Edilson Rodrigues, de que seriam de apenas 700, no máximo, os temporários remanescentes no governo Ana Júlia. O número de temporários chega a 6 mil, reforça Almeida.
Edilson Rodrigues fez a afirmação na última segunda-feira, ao entregar ao coordenador da equipe de transição de Simão Jatene, o economista Sérgio Leão, as primeiras informações solicitadas pelos tucanos. Os documentos foram acondicionados em cinco caixas verdes.
"A Associação dos Concursados do Pará reafirma a existência de mais de 6 mil servidores temporários aboletados em todos os órgãos da administração pública estadual. A absoluta maioria contratada apenas para servirem a interesses políticos na ridícula campanha de reeleição da senhora Ana Júlia Carepa. Reafirmamos, também, que, aproximadamente, 5.800 concursados aguardam suas nomeações nos mesmos órgãos", diz o presidente da Asconpa.
Abaixo, o e-mail que Almeida mandou para o blog.

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Na mais recente tentativa de desmoralizar a Associação dos Concursados do Pará, os secretários Edilson Rodrigues e José Júlio Ferreira, da equipe de transição petista, estão informando a Sérgio Leão, designado pelo governador eleito Simão Jatene coordenador da transição tucana, que o número de servidores temporários, atualmente lotados no Estado não passa de 700 pessoas. Quase nada, se comparados com os mais de seis mil temporários, que a Asconpa insiste em divulgar.
Para nós, da Asconpa, a intenção do governo em apresentar números quase inofensivos, além da tentativa de vilanizar o movimento do concursados, visa também atenuar as ações movidas pelo Ministério Público Estadual, que exigem na Justiça o distrato de temporários, com a conseqüente nomeação dos concursados aprovados nos concursos públicos promovidos pelo próprio governo estadual.
Basta usar a lógica para que os dados apresentados pelos petistas sejam refutados. Um exemplo: como funcionaria a Secretaria de Educação, não fossem as contratações temporárias efetuadas para suprir a ausência de professores, técnicos e pessoal de apoio nas 1.216 unidades de ensino em todo o Estado? 700 pessoas seriam suficientes? E as contratações publicados no Diário Oficial do Estado para a Sedes, Hemopa, CPC Renato Chaves, Sespa entre outras?
Indiferentes, assaz arrogantes e dissimulados, esses pobres alienados travestidos de autoridades revelam, com essa lamentável atitude, não terem aprendido algumas importantes lições, mesmo após o longo período em que estiveram a frente desse mazelado mandato da senhora Ana Júlia Carepa. E não me refiro apenas a lições humanas, como humildade e franqueza. Isso certamente sempre lhes faltou. Falo de aprendizados políticos mesmo. Porque acredito que foi a indigente maturidade política que conduziu esse governo à bancarrota nas últimas eleições.
Resta agora saber se o governador eleito Simão Jatene se conformará com essa informação ou se pedirá, aos representantes do finado governo do PT, mais honestidade nos dados que estão sendo repassados.
A Associação dos Concursados do Pará reafirma a existência de mais de 6 mil servidores temporários aboletados em todos os órgãos da administração pública estadual. A absoluta maioria contratada apenas para servirem a interesses políticos na ridícula campanha de reeleição da senhora Ana Júlia Carepa. Reafirmamos, também, que, aproximadamente, 5.800 concursados aguardam suas nomeações nos mesmos órgãos.

5 comentários:

Anônimo disse...

Gente, são todas verdadeiras as informações da Associação dos Concursados.
Sou professora aprovada no concurso C-125 da Seduc e ainda não fui nomeada, mas consegui um contrato como temporária. Nas três escolas onde sou lotada o que mais tem é professor contratado. Alguns deles são concursados esperando convocação como eu. Mas a maioria não foi aprovada nos concursos da Seduc, são apenas temporários. Meu marido é pedagogo e passou para técnico em educação, e também dá aula graças a um contrato temporário.
Todos os dias peço a Deus pra ser logo nomeada pra eu não ficar devendo favores às diretoras das escolas em que trabalho. Favores politicos principalmente.
Legal esse trabalho do professor Emilio da Associação dos Concursados. Deus o abençoe nessa luta em defesa das nossas nomeações.
Professora Graça Pantoja.

Anônimo disse...

A Associação dos concursados do Pará deve saber, mas prefere confundir, que o Secretário de Governo, ao falar de cerca de 700 temporários, são os servidores irregulares, objeto do TAC e herdados pelo atual governo. Como também ele sabe que contratação de servidores temporários, por no máximo 01 ano, sempre vai existir no estado. Aliás o próprio presidente da Associação se contradiz ao questionar, admitindo como funcionaria a Secretaria de Educação sem a contratação emergencial , de professores, técnicos e pessoal de apoio para as mais de mil unidades de ensino. São contratações emergenciais para suprir necessidade temporária, tais como Licença Saúde, Licença prêmio, Licença maternidade de efetivos ou ainda para atuarem em projetos com execução e prazo determinado. O que não pode é o temporário, se tornar definitivo. Cabe ao Ministério Público fiscalizar e não deixar chegar novamente à situação em que o atual governo recebeu o quadro funcional do estado, e desumanamente deixar desempregados e sem qualquer direito trabalhista, milhares de trabalhadores com mais de dez anos de serviço e em vias de se aposentar.

Anônimo disse...

PB, no DOE de hoje, a governadora nomeia dezenas de concursados para a SESPA. Ao mesmo tempo em que torna sem efeito, varias nomeaçoes, por renuncia de posse do concursado. E assim tem sido nos útimos anos, basta acompanhar o DOE.
A verdade é que com a realização de vários concursos públicos para dezenas de órgãos estaduais, muitos dos concursados asumem em determinado órgão, depois renunciam ao serem aprovados em outro concurso. No órgão em que trabalho, simplesmente, após 2 anos, a vaga para meu setor ainda não está definitivamente preenchida, pois três foram nomeados, ficaram por menos de 2 meses e pediram exoneração.

JOSE EMILIO ALMEIDA disse...

1) A Associação dos Concursados do Pará sabe muito bem o que são servidores com contratos temporários, bem como contratações emergenciais.
Sabe tanto que não entende por que a governadora Ana Júlia Carepa ainda os mantem na folha de pagamento do governo. Aliás entende sim. Mas essa é outra história.
2) O fato é que existem mais de cinco mil concursados aprovados nos concursos realizados nos últimos quatro anos, que ainda não foram nomeados. Ao mesmo tempo em que há mais de seis mil servidores temporários, em condições regulares ou irregulares, ocupando as vagas que, por direito, pertencem aos concursados.
3) Quem diz que os contratos temporários na Seduc são devidos à condições emergenciais é o governo, quando tenta explicar por que contratou tantos temporários. Mas nada diz a respeito da existência concursados esperando convocação.
4) Em 2009, quando os promotores Alexandre Couto Neto e Firmino Matos, do Ministerio Público Estadual, atendendo a um pedido da Associação dos Concursados, cobraram da governadora o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta e promovesse o distrato programado dos temporários, substituindo-os pelos concursados, Ana Júlia cometeu uma das maiores barbáries jamais vista no Estado contra servidores públicos. De uma só canetada, a enlouquecida governadora distratou milhares de servidores temporários, desempregando-os, apenas para confundir a opinião pública, tentando jogar a sociedade contra os promotores e a Associação dos Concursados.
Felizmente o resultado dessa grande maldade se voltou contra ela mesma, já que aquelas milhares de pessoas fizeram questão de não votar na sua reeleição.
Emilio.

Anônimo disse...

Concordo com a Associação dos Concursados, eles apenas lutam pelo o que é certo. Sou temporário do estado mas espero minha nomeação, dou graças a Deus pela existência da ASCONPA. Não tenho medo de perder meu emprego uma vez que sei q tenho prazo de validade, pois como o nome diz sou "temporário". Parabens ASCONPA continuem lutanto, pois se desistirmos de lutar este quadro nunca irá mudar.