quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Que venham mais shoppings. Mas com limites.

Queremos Belém com muitos shoppings.
Claro.
Isso gera empregos, movimenta a economia, abre inúmeras oportunidades de trabalho.
Tomara que venham mais shoppings.
É preciso, todavia, considerar coisas.
Muitas coisas.
O disciplinamento do trânsito, o respeito ao Código de Posturas da Cidade, o cuidado para que área engargaladas não figuem ainda mais engargagaladas etc.
Olhem o caso do Boulevard Shopping, que inaugurou na Doca nesta terça-feira.
Veja o que diz sobre ele, o advogado e professor Maurício Leal Dias em seu blog Jus Cidade.

Hoje [ontem] é a inauguração do Boulevard Shopping e já conseguimos sentir na pele os seus impactos negativos. Por exemplo, meu tempo de deslocamento entre as faculdades de direito em que trabalho já aumentou, pois, como me dedico quase que exclusivamente à docência, tenho que trabalhar em várias faculdades para sobreviver. Meus alunos, que já ficam chateados com meus atrasos de 5 ou 10 minutos, ficarão um pouquinho mais.
Empreendimentos como o Boulevard Shopping, antes de serem instalados, devem passar por um complexo processo de licenciamento urbanístico, sendo obrigado pela legislação urbanística dentre outras coisas a apresentar um Estudo de Impacto de Vizinhança nos termos do art. 36 da Lei Federal 10.257/01 (Estatuto da Cidade) de observância obrigatória pelos municípios que possui a seguinte redação.


Leia aqui a íntegra as considerações completas do Maurício.
Vale a pena ler.

6 comentários:

Anônimo disse...

Uma das coisas que provoca engarrafamento é o fato de que a entrada e a saída do shopping são na mesma rua, provocando uma fileira interminável de carros. Não dava para abrir entradas nas duas ruas laterais? Isso ajudaria a fluir o trânsito. Afinal, não é porque tem shopping novo que os cidadãos devem sofrer com o trânsito ruim.

Anônimo disse...

Sempre se espera que os detentores do poder estejam aptos a fazerem funcionar todos as estruturas de suas responsabilidades, como sempre ouço falar que acontece na Alemanha, por exemplo. Infelizmente, sabemos que num pais onde o "jeito brasileiro" compõe grande parte dos projetos fica muito difícil acreditar que tudo seja "medido", "testado" e "aprovado".
De onde moramos, duas quadras a oeste do lado dos fundos do Shoping, ontem na hora da novela, eu e minha mulher começamos a observar duas consquências do funcionamento do novo Shoping: 1)Buzinadas ininterruptas vindo da Aristides Lobo - acreditamos ser por causa da entrada da imensa obra;
2)Cheiro inconfundível da queima de combustíveis dos carros que estavam circulando no grande estacionamento, já que ele é todo aberto e o vento leva o CO² no rumo oeste.

Acho que já pode ser dito que o empreendimento trouxe, além do progresso, uma baixa na qualidade de vida dos seus vizinhos do oeste.

Anônimo disse...

É, o problema é que ninguém fez isto! Não há planejamento urbano em Belém... Se constrói um shopping ao lado de um porto que pretende ampliar sua área de carga!!? Não existe acesso para a área, as ruas são estreitas enào vão dar conta! Se fosse feito um estudo sério de viabilidade sócio-ambiental do emprendimento, este seria vetado na hora!!! Em lugares sérios isto não existiria... Mas estamos em Belém, aqui se faz o que dá na teia e no bolso imediato, e o resto se resolve depois, na marra!!!! Em breve, anote aí, teremos uma "nova Bernardo Saião" em Belém: caminhões carregando carga, taxis, bicicletas, carros luxuosos com madames indo fazer compras, gente andando na rua..etc.. Mas, para varear, só agora as pessoas vão parar para pensar nisto!!??

Anônimo disse...

Fizeram a burrice de colocar três sinais de trânsito com menos de 50 metros de distante entre si. Que absurdo! Pior que a CTBEL não faz e nem vai fazer nada!

Anônimo disse...

Para que o sinal da quintino, atrás do Shopping? Só serve para engarrafar a quintino e, por tabela, a rua que sobe a Doca (Tiradentes?).

Anônimo disse...

Não é só na atividade pública que se faz besteira. Prova disso a entrada e a saída do shopping.