quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mãe reclama de demora da Justiça em processo

No AMAZÔNIA:

A dona de casa paraense Telma Pinto, que mora em Belo Horizonte (MG), acompanha à distância a execução do processo em que cobra pouco mais de R$ 100 mil de indenização da empresa de transporte Dom Manoel pela morte do filho, Gabriel Barbosa Pinto, à época com 7 anos, em maio de 1994, em Belém. Um ônibus da empresa atropelou e matou o menino na avenida Roberto Camelier, no Jurunas. 'Tem 15 anos que nós esperamos um desfecho desse caso na Justiça e até agora nada', afirmou a mãe, por telefone.
O processo, segundo Telma, está 'emperrado' na 11ª Vara Cível de Belém, nas mãos da juíza Maria do Céu Maciel Coutinho. 'Não entendendo porque esse processo não anda. Durante todo esse tempo gastei muito dinheiro com advogados, estive várias vezes em Belém, mas a situação não se resolve', disse ela, que ganhou na Justiça o direito de ser indenizada pela empresa. 'Infelizmente é um processo muito demorado e não tenho tempo ou dinheiro para ir o tempo todo a Belém. Só não quero que a morte do meu filho fique impune'.
Através de sua assessoria, a juíza Maria do Céu informou que o processo já foi julgado e está sendo executado. Não foi possível, no entanto, obter detalhes sobre a tramitação do caso, pois apenas as partes envolvidas no processo podem obter informações sobre o assunto. A magistrada, no entanto, disse que se coloca à disposição para apresentar os documentos referentes ao caso aos interessados.
Segundo Telma, o motorista que dirigia o ônibus da linha Ceasa/Ver-o-Peso, Joelson Rabelo, nunca foi preso, deixou de comparecer às audiências do processo e também permanece impune. O caso foi julgado pela primeira vez em 1997, quando a empresa foi condenada a pagar uma pensão no valor de dois salários mínimos aos pais da vítima por 59 anos. A Dom Manoel recorreu da decisão e conseguiu reduzir esse valor para pouco mais de R$ 100 mil, mas Telma garante que a indenização não foi paga até agora.

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