No AMAZÔNIA:
O segundo dia de paralisação dos funcionários do Hospital Ofir Loyola (HOL) foi marcado por manifestação pacífica em frente ao prédio da entidade. De camisetas com dizeres contra a implementação do Plano de Migração - cuja aplicação tiraria deles o direito de férias e reduziria os salários estipulados - os funcionários protestaram contra as demissões de 86 servidores que vão ocorrer até o dia 31 de dezembro.
As demissões e o plano de migração, medidas que possivelmente vão impactar na qualidade do atendimento, não são as únicas reivindicações dos funcionários do hospital. Melhores condições de trabalhos fazem parte ainda das reclamações. Medicamentos específicos para o tratamento do câncer linfático e mamas estariam em falta, assim como os equipamentos estariam obsoletos e sem contrato de manutenção com nenhuma empresa. 'A nossa greve não está afetando o atendimento médico do hospital, o que impede muitas vezes que ele seja feito é a falta de infraestrutura disponível para o uso dos profissionais', ressaltou o coordenador da manifestação, Raimundo Pinheiro.
Na última segunda-feira, antes da greve, os membros da comissão permanente de negociações se reuniram com o coordenador da câmara de gestão da Secretaria de Estado de Governo (Segov), Ângelo Carrascosa, mas não houve consenso entre as partes.
Os servidores demitidos já começaram a receber as cartas de dispensa. Se os remanescentes permanecerem na instituição, passam a ser temporários, passíveis também de demissão.
Para o diretor do HOL, Paulo Soares, a greve realizada pelos servidores representa a menor parcela dos 1.980 servidores da instituição. 'Nós não estamos demitindo ninguém, os contratos dos temporários estão sendo encerrados, como está previsto no documento que os próprios servidores assinam', ele disse.
Sobre a medicação e os equipamentos, Paulo Soares disse que as acusações dos servidores não são verdadeiras. De acordo com o diretor, haverá um concurso publico para ingresso no HOL. Ele será publicado no Diário Oficial da União nos próximos dias.
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