Acham que desta vez, com a revelação feita aqui no blog, de que um profundo mal-estar domina o partido, em decorrência do episódio do ingresso de Zeca Pirão no PMDB, pelas mãos do prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho (no traço de J.Bosco), e de sua mãe, a deputada federal Elcione Barbalho, pois acham os peemedebistas que desta vez será necessário fazer alguma coisa para deter o estilo Helder de ser e de fazer política, o estilo rolo compressor de Helder.
Helder, conforme contou o blog nesta última terça-feira (22), tem sido o timoneiro, o condutor de um rolo compressor que começa nele e se esgota nele mesmo.
Com seu estilo, de atropelar politicamente os peemedebistas que ousarem atravessar no seu caminho, tem ignorado as mínimas regras de companheirismo partidário, tem desconhecido a delimitação de espaços políticos, tem solenemente desprezado conveniências de ordem familiar, enfim, atropela qualquer um e qualquer coisa para adubar a horta de Elcione.
Priante, a vítima mais recente
A vítima mais recente do rolo compressor de Helder foi o ex-deputado federal José Priante, que é primo de Sua Excelência o deputado federal Jader Barbalho, presidente regional do PMDB e pai de Helder.
Independentemente dos laços de parentesco, todavia, Priante foi atropelado, ainda que carregue no currículo a condição de peemedebista histórico e com longa trajetória política, que inclui o exercício dos mandatos de vereador e deputado federal, ex-candidato do partido ao governo do Estado e à Prefeitura de Belém, além de deter atualmente o cargo de presidente do Diretório Municipal do PMDB na Capital.
Mas os peemedebistas que estão a mil, e que há muito vêm testemunhando ou mesmo sofrendo na pele o estilo rolo compressor de Helder, não chegam a estranhar que o prefeito de Ananindeua tenha cooptado Zeca Pirão para ingressar na legenda e trabalhar em dobradinha com Elcione, na eleição do ano que vem.
Por que os peemedebistas que estão a mil não chegam a estranhar tanto esse episódio?
Porque têm conhecimento – e alguns mesmo testemunharam de corpo presente – um episódio emblemático, envolvendo Helder e ninguém menos que seu pai, Jader.
“O papaizinho aqui é que lhe ajuda...”
O episódio – do conhecimento, repita-se, de vários, senão de muitos peemedebistas – ocorreu nas eleições de 2006, quando Jader e Elcione disputavam vagas para a Câmara dos Deputados, em eleição na qual ambos acabaram se elegendo.
Lá pelas tantas da campanha - segundo narram ao blog peemedebistas que acompanharam de perto o episódio -, Helder, no afã de ajudar a mãe a se eleger, chegou a proibir que peemedebistas fizessem propaganda em Ananindeua, em favor de Jader. Nesse sentido, chegou a proibir que carros de som do PMDB circulassem por lá com a propaganda do próprioo pai.
O comandante-em-chefe do PMDB exasperou-se.
Durante uma reunião interna da legenda, e na frente do próprio Helder e de vários outros peemedebistas, passou um reprimenda no prefeito.
Passou-lhe um carão daqueles, como se dizia antigamente.
Passou-lhe uma reprimenda que mais soou como um ralho daqueles em que o pai sobe o tom e fica muito próximo de cair na tentação de dar umas boas palmadas no filho.
Jader, na frente de vários peemedebistas e do próprio Helder, recriminou-lhe a atitude e disse que não recebeu aquele tipo de tratamento nem quando fazia suas campanhas na época da ditadura militar.
- Você fica com esse negócio de mamãezinha pra cá, mamãezinha pra lá... Mas o papaizinho aqui é que tem lhe ajudado a se eleger – disparou Jader durante a reunião, dirigindo-se ao filho, sob o testemunho, vale insistir, de dezenas de pessoas.
As dificuldades para reclamar
Os peemedebistas que estão a mil, após o angu criado pelo ingresso de Pirão no PMDB, confessam ao blog que têm dificuldades de externar internamente suas queixas contra Helder.
E as dificuldades decorrem do óbvio motivo de que Helder, além de ser o prefeito de Ananindeua, segundo maior município do Estado, é filho do presidente do partido.
E não só isso.
Sabem os peemedebistas que estão a mil que Helder representa, para o papaizinho Jader, que o ajuda a se eleger, a encarnação do futuro do PMDB no Pará.
Os peemedebistas que estão a mil sabem que, no momento, o único capaz de conter os ímpetos juvenis e o estilo rolo compressor de Helder é o próprio Jader.
Mas sabem também, os peemedebistas a mil, que Jader muitas vezes se vê em saias-justas, justíssimas, como agora, com esse angu em que se transformou o PMDB com a entrada de Pirão.
Mesmo com sua enorme ascendência sobre o partido e com a mão de ferro com que comanda o PMDB, Jader, reconhecem os peemedebistas, não consegue muitas vezes superar contingências que misturam a sua condição de pai à sua condição de liderança maior do PMDB no Estado.
E em meio a essas contingências, essas limitações, é que Helder vai em frente.
Vai em frente com a mão ao volante do rolo compressor que é ele mesmo.
O risco no desgaste na imagem
Mesmo que se encontrem a mil, de tão agastados com o estilo Helder de ser, os peemedebistas deploram que o prefeito de Ananindeua esteja queimando sua imagem e a de sua mãe, ao enveredar por vias e caminhos que desconhecem os limites da prudência e da moderação política.
Acham os peemedebistas que Helder deveria canalizar suas ambições pelo bem do partido, e não dele próprio.
Relembram, nesse sentido, o estilo do próprio Jader, que já foi capaz, certa vez, de ir a Marabá e pedir, de cima de um palanque, que os eleitores votassem não nele, Jader, mas em Asdrúbal Bentes, o candidato da área que então concorria à Câmara dos Deputados.
De outro lado, reconhecem os peemedebistas na deputada federal Elcione Barbalho uma parlamentar atuante, mas que corre o risco de ser também atropelada por hostilidades, antipatias e rejeições criadas não propriamente por ela, mas por seu filho prefeito.
Acham os peemedebistas, mesmo assim, que ainda há tempo para Helder se converter a um estilo, digamos, mais light de ser.
Não precisa, acham os peemedebistas, que ele se transforme numa Ferrari.
Mas é preciso que deixe de ser o rolo compressor que tem sido.
Urgentemente.
Passou-lhe um carão daqueles, como se dizia antigamente.
Passou-lhe uma reprimenda que mais soou como um ralho daqueles em que o pai sobe o tom e fica muito próximo de cair na tentação de dar umas boas palmadas no filho.
Jader, na frente de vários peemedebistas e do próprio Helder, recriminou-lhe a atitude e disse que não recebeu aquele tipo de tratamento nem quando fazia suas campanhas na época da ditadura militar.
- Você fica com esse negócio de mamãezinha pra cá, mamãezinha pra lá... Mas o papaizinho aqui é que tem lhe ajudado a se eleger – disparou Jader durante a reunião, dirigindo-se ao filho, sob o testemunho, vale insistir, de dezenas de pessoas.
As dificuldades para reclamar
Os peemedebistas que estão a mil, após o angu criado pelo ingresso de Pirão no PMDB, confessam ao blog que têm dificuldades de externar internamente suas queixas contra Helder.
E as dificuldades decorrem do óbvio motivo de que Helder, além de ser o prefeito de Ananindeua, segundo maior município do Estado, é filho do presidente do partido.
E não só isso.
Sabem os peemedebistas que estão a mil que Helder representa, para o papaizinho Jader, que o ajuda a se eleger, a encarnação do futuro do PMDB no Pará.
Os peemedebistas que estão a mil sabem que, no momento, o único capaz de conter os ímpetos juvenis e o estilo rolo compressor de Helder é o próprio Jader.
Mas sabem também, os peemedebistas a mil, que Jader muitas vezes se vê em saias-justas, justíssimas, como agora, com esse angu em que se transformou o PMDB com a entrada de Pirão.
Mesmo com sua enorme ascendência sobre o partido e com a mão de ferro com que comanda o PMDB, Jader, reconhecem os peemedebistas, não consegue muitas vezes superar contingências que misturam a sua condição de pai à sua condição de liderança maior do PMDB no Estado.
E em meio a essas contingências, essas limitações, é que Helder vai em frente.
Vai em frente com a mão ao volante do rolo compressor que é ele mesmo.
O risco no desgaste na imagem
Mesmo que se encontrem a mil, de tão agastados com o estilo Helder de ser, os peemedebistas deploram que o prefeito de Ananindeua esteja queimando sua imagem e a de sua mãe, ao enveredar por vias e caminhos que desconhecem os limites da prudência e da moderação política.
Acham os peemedebistas que Helder deveria canalizar suas ambições pelo bem do partido, e não dele próprio.
Relembram, nesse sentido, o estilo do próprio Jader, que já foi capaz, certa vez, de ir a Marabá e pedir, de cima de um palanque, que os eleitores votassem não nele, Jader, mas em Asdrúbal Bentes, o candidato da área que então concorria à Câmara dos Deputados.
De outro lado, reconhecem os peemedebistas na deputada federal Elcione Barbalho uma parlamentar atuante, mas que corre o risco de ser também atropelada por hostilidades, antipatias e rejeições criadas não propriamente por ela, mas por seu filho prefeito.
Acham os peemedebistas, mesmo assim, que ainda há tempo para Helder se converter a um estilo, digamos, mais light de ser.
Não precisa, acham os peemedebistas, que ele se transforme numa Ferrari.
Mas é preciso que deixe de ser o rolo compressor que tem sido.
Urgentemente.
6 comentários:
Isto que o " Espaço ..." narra não aconteceu apenas em reuniões internas. Quem estava presente a um comício de Helder, na rua Zacharias de Assunção, testemunhou quando Jáder disse mais ou menos isso: voce pediu e eu me afastei porque aqui era espaço político da sua mãe. Agora, em dificuldades, você pede e aqui estou eu.
Na frente da Governadora do Estado e de centenas de pessoas.
Acho que ele só é reflexo do espelho do pai, tudo no PMDB está em torno dele.
vocês todos vão ficar boquiaberto com a indicação da elcione
o páreo vai ser duro
mulher contra mulher
com uma grande diferença ,a elcione trabalha e tem resultado
Parceiro, o lance aí do Jader num palanque, em Marabá, pedindo votos pro Asdrubal, eu testemunhei, assistindo ao comício do PMDB. Corretíssima, essa passagem de seu post. Parabéns pelo flashback. Abs
A estratégia está bastante clara: Jader vem para Deputado Federal, leva a tira-colo a Morgado, enquanto Elcione sai candidata ao Senado. Ai quem será o laranja para sair como candidato ao governo do estado? Priante tendo como vice do pirão.
Caro Bogéa,
Com seu testemunho a favor (rsss), ficou bem mais tranquilo.
E gratificado.
Grande abraço.
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