No AMAZÔNIA:
A tarifa dos táxis de Belém está prestes a ser reajustada. O Conselho de Transporte do Município de Belém aprovou, na manhã de ontem, aumento de 6% no preço. Hoje, o assunto chega à mesa do prefeito de Belém, Duciomar Costa, para homologação. Só entra em vigor, contudo, quando for publicado no Diário Oficial do Município.
A necessidade de cobrar uma tarifa maior é quase uma unanimidade entre os afiliados do Sindicato dos Taxistas de Belém, uma vez que o último reajuste havia sido há mais de três anos. Mas existem efeitos colaterais: os taxistas são obrigados a pagar mais de R$ 100 em oficinas para ajustar o taxímetro e trocar peças e, logo depois de um aumento, costuma cair a procura pelo serviço. Além disso, muitos questionam a eficácia da medida, uma vez que quase todas as corridas são feitas por meio de negociação direta com o passageiro, sem uso do taxímetro. 'Por causa dessas coisas, nem todos querem o aumento. Só que eu tento explicar sempre que vai valer a pena, pois o preço está muito defasado em relação à inflação', afirma Natalino Ferreira, diretor do sindicato.
Natalino admite que o uso do taxímetro se restringe quase que exclusivamente aos turistas. Quase todos os moradores de Belém optam por negociar e até pechinchar o preço da corrida antes de entrar no carro. 'Comigo, pelo menos 90% fazem isso. A gente vai gastar dinheiro com o taxímetro e nem vai usar. E o aumento vai interferir pouco na prática', diz o taxista Francisco Almeida da Silva, que trabalha em frente ao condomínio Natália Lins, na rodovia Augusto Montenegro.
Medida - Depois de aprovado pelo Conselho de Transporte, o reajuste da tarifa também foi avaliado e aprovado pelo Conselho Deliberativo da Ctbel. A companhia fez os cálculos e deferiu o reajuste devido à defasagem da tarifa em relação aos itens que compõem a planilha de custos do serviço de transporte por táxi. Pelo novo reajuste, a bandeirada passa de R$ 3,46 para R$ 4,15. A bandeira 1 passa de R$ 2,06 para 2,19 e a bandeira 2 (que vigora das 20h às 6h nos dias úteis, das 12h de sábado às 6h de segunda-feira e nos feriados em tempo integral até às 6h do dia útil seguinte), passa de R$ 2,47 para 2,63. A hora parada saltou de R$ 13,82 para R$ 15,05.
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