sábado, 18 de julho de 2009

Prejuízos com a paralisação

No AMAZÔNIA:

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais de Passageiros do Estado do Pará, Almiro Teixeira, afirma que a greve dos rodoviários só se mantém por causa dos piquetes. Mais de 40 veículos foram depredados até ontem e ainda não se tem um balanço dos prejuízos com a queda na venda de passagens, mas em um sábado, as empresas venderam 10% do que esperavam vender.
No terminal rodoviário, havia fila apenas o guichê da empresa Modelo, que atende municípios como Castanhal e Peixe-Boi. Por volta das 17h, ela era formada por cerca de 30 pessoas, algumas com destino diferente do verificado nas passagens como é o caso de Andréa Rezende e Tiago Barata.
Andréa revelou que eles pretendiam ir para Curuçá, mas àquela hora já não havia mais passagens à venda sequer no gichê dos alternativos. A solução encontrada por eles foi seguir para Castanhal e lá, tentar apanhar uma Van para o outro município. A situação é provocada pela redução do número de veículos em circulação por causa da greve dos rodoviários intermunicipais e interestaduais. O gerente de vendas da empresa Boa Esperança, Miguel Leal, revelou que a manutenção de apenas 40% da frota impediu que fossem realizadas as viagens extras.
Almiro disse que a proposta das empresas já está posta e agora, diante da falta de acordo, só resta esperar pelas decisões judiciais sobre a abusividade da greve e o julgamento do dissídio coletivo. A expectativa é que a primeira saia ainda esta semana e a segunda, na próxima semana.
O empresário acredita que a greve não se sustentará se for considerada abusiva. Ele afirma que a maioria dos trabalhadores está disposta a trabalhar, mas a frota tem ficado nas garagens por causa dos piquetes. Além de quebrarem para-brisas e vidros traseiros, os sindicalistas são acusados de secar os pneus dos ônibus que continuam circulando.
Segundo Almiro, tem sido difícil manter 40% da frota circulando. Ontem, revelou, mais veículos da Transbrasiliana, empresa que gerencia no Pará, foram apedrejados. Já são 15 os ônibus da empresa danificados, sendo que quatro ainda estão parados para consertos.
O presidente do sindicato patronal diz que os piquetes e manifestações dos grevistas estão insufladas por pessoas que pertencem a movimentos sindicais de outras áreas que não a do transporte rodoviário. Diz também que é uma paralisação movida por disputa entre grupos que tentam se manter na direção do sindicato dos trabalhadores.
Ele afirma que o sindicato dos trabalhadores não compareceu às duas primeiras reuniões para tentar o acordo e, na terceira reunião, apresentou uma proposta que não permitiria acordo por ser considerada fora da realidade inflacionária. Almiro disse que ainda não é possível calcular os prejuízos, tanto com conserto de veículos quanto com a queda na venda de passagens

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