Há quem discorde que a minirreforma administrativa promovida pelo governo Ana Júlia, em 2007, tenha sido o desastre anunciado do governo Ana Júlia Carepa.
Anônimo há, cujo comentário, inclusive, foi destacado aqui na ribalta – ribalta, termo cunhado pelo Juca (quanta saudade!) -, atribuindo a mero preconceito ou a avaliações e juízos precipitados as críticas feitas à reforma administrativa.
Não é, não.
Não é juízo precipitado e nem configura preconceito.
Não é juízo precipitado porque os resultados dessa minirreforma estão se mostrando agora, mais de dois anos depois de implantada, com forte impacto nas finanças do Estado, vale ressaltar.
E não representa preconceito porque a eficácia da ação governamental mostra fartamente que a minirreforma administrativa foi pródiga mais na criação de cargos e na superposição de funções do que, propriamente, nos efeitos positivos que poderia ter gerado.
Cite-se como exemplo, entre tantos outros, a Secretaria de Governo, que ganhou superpoderes e esvaziou a Seplan. A Seplan, é bom que se pergunte, ainda planeja? Ou melhor: ainda planeja como deveria planejar?
E essa Secretaria de Integração Regional (Seir), que resultados tem para mostrar?
Era necessário mesmo criar-se o Ideflor? A atribuição desse Instituto não está superposta à da Sema?
E a Seter, que tem sua origem na antiga Seteps, o que faz essencialmente além de cuidar do Bolsa Trabalho?
O governo do Estado é que tem de responde a essas perguntas.
E responder de forma pertinente e consistente.
4 comentários:
Não esqueça que a minirreforma extinguiu aquelas cinco supersecretarias especiais criadas para acomodar apaninguados políticos do tucanato. Nem isso achas positivo?
O problema é que o atual governo não tem metas; sem isto, não consegue chegar a lugar algum.
Lembremo-nos que o Almir Gabriel criou a chamada "Agenda Mínima", plano de metas mínimas que cada Secretaria deveria, obrigatoriamente, cumprir.
Não há nada parecido no atual governo, daí a paralisia a que todos assistimos.
Acabou com as Secretarias especiais,o que poderia representar economia, mas em compensaçao, tornou a Segov uma Secretaria sem finalidade, com superpos~içao de atribuiçoes da Sepof, ao criar umas tais de Camaras setoriais, que nao planejam e nao articulam politica setorial nenhuma. Nao esqueçamos que na Sepof, existem ou existiam os Nucleos tecnicos por area.
Cada Camara setorial tem uma serie de assessorias despreparadas, com um coordenador, que tem gratificaçao DAS6.
Essa foi mais uma criaçao do Puty, das outras que nao deram certo.
É que as esquerdas, anônimo das 23:06, adoram instituir os famosos "Conselhões", algo que funcionaria como uma espécie de instrumento da democracia direta.
Na prática, como se vê, só tem levado à paralisia do governo.
Postar um comentário