Do Comunique-se
Na noite desta quinta-feira (23/07), durante o discurso de apresentação do projeto do Vale Cultura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a programação da televisão brasileira, que, em sua opinião, é em sua maior parte de “coisas ruins”.
“O cidadão prefere se sentar na frente de uma televisão e ver o que nós vemos: um misto de coisas boas com a maioria de coisas ruins”, avaliou, ao criticar a dificuldade do acesso a outros aparelhos culturais, como o cinema e o teatro.
Para Lula, o Brasil precisa criar mais salas de cinema para que a população menos favorecida possa ter acesso a esse bem cultural. Considerando a criação do Vale-Cultura algo que possa ser desfavorável para as emissoras de TV, o presidente pediu empenho dos congressistas para a sua aprovação.
“Depende se vocês (congressistas da base aliada) forem lá, porque se as televisões forem contra, não aprova. Então, tem que ter um jogo de força aí entre os que querem fazer, os que precisam, contra aqueles que acham que já está bom tudo o que a gente tem”, disse.
Lei Rouanet
Avaliando a atual situação do País na área cultural, Lula criticou o uso das verbas da Lei Rouanet, citando o Centro Cultural Itaú e empresários que produzem “livros grossos que ninguém vê”.
“Está cheio de empresário que, com a Lei Rouanet, produz aqueles livros... Eu não sei, são uns livros de fotografia, grossos que ninguém vê. Uns livros 'dessa grossura', pesados para 'desgrama', e ainda dizem que são eles que produzem. Eu, de vez em quando, vejo o Centro Cultural Itaú (...). Aquilo não tem um centavo do lucro do Itaú, é tudo dedução do Imposto de Renda do povo brasileiro”, criticou.
A expectativa do presidente é que o Projeto de Lei que cria o Vale Cultura seja apreciado em regime de urgência urgentíssima e seja votado, na Câmara dos Deputados, dentro de 45 dias.
2 comentários:
Lula: “livros grossos que ninguém vê”.
É ótimo, inclusive.
Mas, o que ele está fazendo que não enquadra o seu Ministro da Cultura?
Lula julga os outros por si próprio - dizer que ninguém lê livros grossos é um acinte dele, logo ele que comparou a leitura a andar em bicicleta ergométrica.
Quem fala "desgrama" não tem gabarito para criticar editoras, televisões e leitores.
Em resumo: mais uma bola fora do nosso "ilustrado" presidente.
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