No AMAZÔNIA:
Em 15 anos de observação, o dono de uma barraca-restaurante na praia de Outeiro, Paulo Sérgio, não detectou mudanças significativas no comportamento dos clientes, em relação à educação ambiental. Seus clientes continuam com as mesmas manias de despejar detritos em qualquer lugar que não na lixeira. Pouquíssimos pedem sacolas ou se levantam para jogar lixo no contêiner. Por isso, sua primeira atividade ao chegar ao trabalho, de manhã cedo, é limpar a sujeira deixada no dia anterior. 'É rotina, normal. Nesta área onde ficam meus fregueses eu tenho que dar um jeito. Eles não podem chegar aqui e estar tudo sujo', justifica. Nas demais áreas, garis da prefeitura recolhem o lixo.
Mesmo os clientes que pedem sacos plásticos dão trabalho, pois a sacola é deixada debaixo da mesa. Os que não as usam, dão trabalho para os garçons de Paulo Sérgio desenterrarem o lixo. São garrafas, copos plásticos, embalagens de biscoitos e até fraldas descartáveis usadas que, se não retiradas logo, serão puxadas pela água da praia, quando a maré subir. 'A mentalidade ainda é muito atrasada. Toda barraca tem um contêiner enorme, mas ninguém liga. É assim mesmo, já até me acostumei', conclui o comerciante.
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