No AMAZÔNIA:
Os dirigentes do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais de Passageiros do Estado do Pará acreditam que se a greve dos motoristas anunciada para a próxima sexta-feira, realmente for deflagrada, deverá ser considerada irregular pela Justiça do Trabalho, pois, segundo presidente do sindicato, Almiro Teixeira, o reajuste salarial da categoria já está sendo pago desde maio, considerando a inflação de 5,83%, registrada entre maio de 2008 a abril deste ano. No Pará, a greve deve afetar todos os municípios e atingir também cerca de 10 mil trabalhadores dos transportes intermunicipais.
O anúncio da greve para o mês de férias pegou os proprietários de surpresa, já que é um dos períodos de maior fluxo de passageiros para o interior do Estado.
No total, oito empresas são vinculadas ao sindicato patronal, mas há outras empresas menores que fazem linha para municípios do interior. Segundo Teixeira, cerca de 500 ônibus transportam passageiros diariamente para todos as cidades paraenses. O presidente acredita que como os trabalhadores estão mesmo dispostos a paralisar a atividade durante o veraneio, só resta aguardar a posição da Justiça do Trabalho para garantir o percentual de pelo menos 40% circulando no Estado.
Como o serviço de transporte coletivo é considerado essencial, Teixeira assegura que é preciso garantir entre 40% e 50% dos veículos circulando. Neste caso, ele alerta ao sindicato dos trabalhadores que é preciso respeitar o direito de entrada e saída dos motoristas que se dispuserem a trabalhar nos dias de greve. Almiro Teixeira afirma que há vários motoristas que não têm vínculo com o sindicato dos trabalhadores, portanto, tem como as empresas garantirem os veículos em operação.
Os trabalhadores das empresas cobram um reajuste de 8% e mais aumento dos atuais R$ 60 para R$ 200 no valor do tíquete alimentação. O sindicato patronal só aceita conceder para o tíquete alimentação o mesmo valor do reajuste salarial. O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transportes Intermunicipais também acusa uma defasagem salarial dos últimos dez anos, que já alcança mais de 120%, por isso, os trabalhadores se recusam a aceitar apenas a reposição dos últimos doze meses.
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