No AMAZÔNIA:
Prevista para começar nos primeiros minutos de hoje, a greve dos rodoviários das empresas de transportes interestaduais e intermunicipais dependerá do resultado da reunião entre rodoviários e empresários marcada para as 11 horas na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A presidente do TRT, Francisca Furmigosa, estará à frente do encontro que tem o objetivo de colocar fim ao impasse que ameaça os planos do veranista. Após a reunião, os rodoviários participarão de uma assembleia em frente ao tribunal para definir os rumos do movimento. Caso a greve seja deflagrada os rodoviários serão obrigados a manter 40% da frota dos ônibus circulando, segundo determinação do Ministério Público do Trabalho. A parcela corresponde a menos de 300 veículos para atender à demanda de aproximadamente 100 mil passageiros.
A decisão de suspender o início da greve foi tomada ontem após três horas de reunião entre os diretores do Sintritur (Sindicato dos Rodoviários em Empresas de Transporte de Passageiros Interestaduais, Intermunicipais e Turismo). 'A greve não está descartada. Optamos apenas em suspender o início para participarmos da reunião de amanhã (hoje). Vamos ouvir o que a patronal tem a dizer e depois levaremos o que nos for proposto para a categoria. Todos estarão do lado de fora do tribunal. Será lá a nossa assembleia e de lá sairá a decisão sobre o início da greve', afirma Wagner Taveira, secretário geral do Sintritur.
Enquanto a greve é encarada pelos rodoviários como a única maneira de forçar um acordo, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais de Passageiros do Estado do Pará, Almiro Teixeira, tem esperança que tudo seja resolvido durante a reunião de amanhã. 'Já não vejo como negociar com eles (rodoviários). Desde maio começamos a conversar sobre o aumento salarial, mas o que eles pedem está muito acima do que podemos pagar. Espero que a intervenção do TRT os ajude a entender nossa proposta', destaca Almiro Teixeira.
No início das rodadas de negociação os rodoviários exigiam reajuste salarial de 14% e aumento do valor do tíquete alimentação de R$ 60 para R$ 350. A patronal ofereceu reajuste de 5,83% sobre o salário e o vale-alimentação. Depois de algumas reuniões, os rodoviários cederam e a proposta de reajuste foi reduzida. A categoria agora exige aumento de 8% sobre o salário e vale-alimentação de R$ 200. Os empresários, no entanto, mantiveram-se irredutíveis. A oferta de 5,83% de reajuste foi mantida sob a justificativa de ser esse o valor da inflação no período.
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