quinta-feira, 23 de julho de 2009

Entre a estupefação e a brincadeira

Com todo o respeito, mas com todo o respeito mesmo que nos merece – ou deveria merecer – o presidente do Senado, Sua Excelência o senador José Sarney (PMDB-AP).
Mas se o Brasil fosse um País sério, ele já deveria ter renunciado.
Não propriamente à presidência do Senado, mas ao mandato.
E da mesma forma, o ministro da Justiça, Tarso Genro, deveria ter pedido para sair.
Dizer, como Tarso disse, que as conversas grampeadas envolvendo Sarney são “um diálogo de natureza política, apenas” só pode ser brincadeira.
Muita brincadeira.

6 comentários:

Anônimo disse...

Paulo,
Sarney é o que é e não vai sair de lá a não ser que isso seja vital para a sobrevivência política dele. Vergonha e honra não fazem parte do dicionário de pessoas como o senador.
Já o Tarso Genro é um moleque. A frase é mais que brincadeira. É escárnio mesmo. É a certeza da impunidade que grassa nesse país. É o que chamo de "efeito Duciomar": você não vê e não ouve nadae nem ninguém e fala o que dá na telha, afinal, não há consequências nem para atos, que dirá para palavras lançadas ao vento.

Anônimo disse...

Conta o Estado Burguês tudo pode ser feito. o Estao deve ser destruido.
No fudo, no fudo é assim que eles pensam, conforme os ensinamentos de Marx que eles congelaram no tempo para os seus próprios deleites burgueses, quero dizer... De Vanguarda do Proletariado. RIDICULOS!

Anônimo disse...

Tudo tem sido uma grande brincadeira, "seu" Espaço.
E esse é o grande perigo!
Estamos perdendo, sem sentir, bem de leve, nossa capacidade de indignação!
Há quanto tempo assistimos, semanalmente, mais e mais "atrações e novidades" nesse circo dos horrores em que se transformaram executivo, legislativo e judiciário?!

"...dormia a nossa patria mãe tão distraida;
sem perceber que era subtraida;
em tenebrosas transações..."

vai passar...e continua passando.

Lamentável.

Anônimo disse...

Da coluna Radar-online Revista Veja:
SENADO
Lobão sai em defesa de Sarney: Nomeação é da da cultura do país

De Edison Lobão, em conversa com o Radar On-Line agora há pouco, saindo em defesa de José Sarney:

- Ele não sairá da presidência do Senado. É incrível a capacidade de a imprensa potencializar as coisas. Parece até que está se falando de caso de corrupção de bilhões. Do que se trata tudo isso? De uma nomeação para um cargo de 2 000 reais. Mas isso é da cultura do país.

x-x-x-x

Pronto! Tá explicado e justificado, né seu Edsonso Lobão do Dinheiro Público?!
Cultura do país é a pqp!
Não nos ponha na mesma latrina em que vive!

Anônimo disse...

Prezado PB,

O PT e seus aliados - aqueles que os líderes petistas tanto criticaram no passado, como Sarney, Renan, etc. -tripudiam da ética diariamente, relativizando valores políticos que a República (com r maiúsculo, sim) reclama que sejam preservados.
Um dele é bem simples e requer que os representantes do povo falem a verdade e tratem a res publica (coisa pública) como bem comum, como bem de todos, com o melhor uso possível em benefício da coletividade, e não como se fosse um patrimônio pessoal, como fez o Senador José Sarney com os cargos do Senado Federal, a Casa Alta do Congresso Nacional.

Quando leio textos como o seu, renovo meu ânimo ao saber que nem todos se venderam, nem todos aceitam que os valores éticos sejam relativizados, enfim, entendo, com alegria (contida, mas alegria), que nem todos os setores da sociedade se corromperam, que ainda há vida civilizada.
E, claro, razões para seguir denunciando e lutando.

Parabéns por mais esta nota de justa indignação.

Abs.

Doralice Araújo disse...

Concordo com você, Paulo; renunciar é deixar de sofrer com os desmandos e as surpresas que advirão do apetite e da esperteza dos que seguram os cargos políticos. A cada escândalo que surge mais a saída de JS é a atitude esperada.