sábado, 25 de julho de 2009

Curiosidades em torno de Manuel Zelaya

Esse Manuel Zelaya (na foto), presidente deposto de Honduras, com todo o respeito e a solidariedade que nos merece, protagonizou ontem uma das cenas mais ridículas que um chefe de Estado já poderia ter protagonizado.
Zelaya anunciou a todo o mundo, literalmente para o mundo inteiro, que tentaria voltar a Honduras.
Anunciou dias antes.
Marcou o dia.
Marcou a hora.
Marcou o local.
Disse que tentaria voltar ao País por terra.
Anunciou que tentaria entrar pela fronteira da Nicarágua.
E entrou em Honduras.
Entrou alguns metros.
Aí, encontrou pela frente uma barreira de milicos.
Chegou a engrossar a voz.
Mas recuou.
Recuou sob a justificativa de que- ohhhhh! - respeita os “princípios militares”, ainda que os princípios militares não tenham respeitado os princípios em que se assentam as democracias.
É como se Zelaya combinasse assim com as forças armadas hondurenhas: “Olha, estejam lá, em tal lugar, em tal dia, a tal hora, para não me deixarem passar. Eu faço de conta que tentarei entrar, vocês me barram, eu engrosso a voz, mas depois recuo e saio como o herói que tentou mais uma vez, mas foi contido pela força das armas.”
Mas que coisa!
Reponham Zelaya no cargo, antes que ele apronte mais um ridículo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Repare, PB, que Zelaya era acompanhado por um embaixador venezuelano, conforme foi divulgado através de vários fotos, inclusive uma na qual estão dentro de um jipe branco.
Se fosse um embaixador norte-americano a acompanhá-lo, imagine a gritaria que já se teria produzido por todo o continente, mas, como é apoiado por Chávez, ninguém diz nada, exceto vc e alguns poucos jornalistas corajosos.

Mas vc tem razão: o retorno triunfal de Zelaya foi simplesmente ridículo.

Quanta diferença para Napoleão I, que, ao desembarcar na França vindo do seu primeiro exílio em Elba, foi recebido por parte do Exército francês, que, depois de ouvir seu discurso, abandonou a ordem de prisão e decidiu acompanhá-lo para reinstalá-lo no poder em Paris por mais 100 dias até ser derrotado em Waterloo.

Abs.