No AMAZÔNIA:
Santo Antonio do Tauá, município localizado a 56 quilômetros de Belém, viveu ontem um dia de barbárie, com atos de vandalismo e uma morte. No dia do enterro de Jaqueline Barros da Silva, de 10 anos, estuprada e morta brutalmente no último domingo, 5, no bairro do Pina, moradores revoltados com o crime depredaram a delegacia de polícia da cidade. Durante o clima tenso que envolveu a confusão, o delegado Ronaldo Lopes de Oliveira matou com três tiros na cabeça um jovem de prenome Renato, na frente da delegacia, preso durante a caçada aos suspeitos do crime bárbaro cometido contra a garota, que teve suas vísceras retiradas. A atitude do policial chocou testemunhas, que exigiram a prisão dele imediatamente.
Cerca de 20 pessoas foram detidas ontem em Santo Antônio do Tauá, nordeste paraense, acusadas de depredação do patrimônio público. Além de causar danos à delegacia, o grupo destruiu uma viatura da Polícia Civil e soltou os três presos da cela. Policiais militares e civis foram deslocados de Castanhal e Santa Isabel do Pará para manter a ordem no município. O grupo acusado de destruição do patrimônio público dizia estar agindo com o objetivo de retirar da cela o homem acusado de ter violentado e matado a menina de 10 anos.
O acusado foi preso pelo delegado Ronaldo Lopes menos de 24 horas após o crime. A prisão ocorreu no momento em que o suspeito, o padeiro Luiz Inácio da Silva, 49, conhecido como 'Cearense', estava nas matas de Santo Antônio do Tauá com outra criança, de 12 anos, que poderia ser a próxima vítima.
Luiz Inácio foi preso em flagrante com uma faca na mão direita. Ele foi levado, às 2h, para outra cidade, na tentativa de evitar um linchamento. A menina de 12 anos, que foi resgatada pelo delegado Lopes e por dois investigadores, foi entregue ao Conselho Tutelar. A criança foi encaminhada para outra cidade, onde recebeu cuidados médicos, assistência social e fez exame de corpo de delito.
Tumulto - No final da manhã, apesar de o delegado ter informado a um grupo de homens que 'Ceará', estava preso em outra cidade, eles incitaram o quebra-quebra, arrancando grades de ferro e quebrando o imóvel. Em seguida, invadiram a delegacia e soltaram os presos. Para não ser apanhado e agredido, o delegado conseguiu escapar por uma janela do prédio. Ronaldo Lopes de Oliveira fugiu com a família às pressas para Santa Isabel do Pará, pois foi ameaçado de morte por pessoas envolvidas na depredação.
Defesa - Depois que a situação foi contornada pelos policiais vindos de outros municípios, o delegado Ronaldo Lopes voltou para a delegacia, no mesmo instante em que um dos acusados por vandalismo chegava preso ao local. Sem algemas, ele teria se soltado das mãos de um policial e partido para cima do delegado Ronaldo Lopes, gritando que iria matá-lo. O policial sacou a arma e deu um tiro que causou a morte do homem. O delegado diz ter agido em legítima defesa.
O delegado se apresentou espontaneamente a um dos delegados que foi ajudar no controle do tumulto, entregando a arma de serviço. Em seguida, foi levado à Divisão de Crimes Funcionais (Decrif) da Corregedoria-Geral da Polícia, que vai apurar o caso. Tropas da PM se mantêm posicionadas em frente ao prédio da delegacia, do fórum e da prefeitura.
Os presos foram encaminhados para de Castanhal. Entre eles, está um homem conhecido por 'Neco', apontado como responsável em incitar os atos de vandalismo. Uma equipe de reforço, formada por policiais do Grupo de Pronto-Emprego, da Polícia Civil, também está no município para dar apoio à segurança local, por determinação da Delegacia Geral da Policia Civil do Pará.
6 comentários:
Bom dia, caro Paulo:
a vida, a idade e alguns "vaticínios" errados erradas ao longo da vida me ensinaram a não fazer julgamentos. Mas não me impedem de avaliar o que leio.
Um homem que vinha sendo escoltado por policiais, solta-se de um deles, avança sobre o delegado e este saca uma arma para se defender? Defender-se das mãos do assassinado? Não era cpaz de agarrá-lo com a ajuda do policial que o escoltava? É assim simples? Um agente do estado usa, de cara, o último recurso que se usa para defesa - uma arma - entrega-se ao primeiro delegado que passa pela frente e alega legítima defesa? Liberou geral? Podemos todos esmurrar quem nos pisa nos pés dentro do ônibus? Comparando as proporções, dá no mesmo.
Sei não, caro Poster. Não sei mesmo.
Um abraço.
Bia,
E o delegado alegou legítima defesa.
Você imagina se ele, voluntariamente, não quisessse alegadamente, se defender, mas atacar o outro.
Imagine!
Abs.
Anônimo das 11:12,
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Abs.
bom dia, longe de pré julgamnetos já é hora de deixarmos isto de que o erro sempre é da polícia, o delegado foi agredido verbalmente ameaçado por um grupo de vândalos(criminosos), há que se esperar a conclusão do inquérito e posterior posicionamneto da justiça para então condenar a atitude do policial. Não esqueçam de que ele prendeu o estuprador menos de 24 h do ocorrido, e ao invés de receber elogios é ameaçado por populares? vá entender.
Franco
Franco,
Vamos destacar seu comentário na ribalta, hoje de manhã.
Abs.
agora imagine,esse rapaz que tentou agredir o delegado, consegue fazer oque desejava(agredir),um motim se armaria pq ao mesmo tempos os outros vandalos ali presentes se sentiriam, encorajados e partiriam pra briga ,o delegado fez oque qualquer um de vcs fariam ou seja apenas se defenderia, então não cabe julgarmos quem e culpado ou não...
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