segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Deficientes físicos foram impedidos de votar por horas

No AMAZÔNIA:

Deficientes físicos com dificuldade de locomoção ficaram impedidos de votar durante toda a manhã na 77ª Zona Eleitoral, no Colégio Visconde de Souza Franco, na Avenida Almirante Barroso, no bairro do Marco. O portão de acesso à rampa para cadeirantes havia sido trancado e permaneceu assim até o começo da tarde, apesar do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ter autorizado, no final da manhã, que a porta fosse aberta. 'Isso é um desrespeito. Estamos sendo impedidos de exercer nossa cidadania', protestou a advogada Márcia Oliveira, que precisou ser carregada, com a ajuda de policiais militares, até o segundo andar da escola, onde estava a urna de votação.
Márcia, que é cadeirante, chegou até a escola por volta das 9h da manhã, e encontrou o portão fechado com uma corrente e cadeado.
Segundo Adonias Júnior, funcionário do TRE, um mês antes das eleições o Tribunal solicita às escolas um relatório sobre as condições do prédio e das salas. A direção do Souza Franco, no entanto, não teria enviado o documento.
A demora do TRE para solucionar o problema causou tumulto. No meio da manhã havia pelo menos 15 pessoas na fila, aguardando que o portão fosse aberto, mas sem nenhuma garantia de que conseguiriam votar.
Alguns eleitores, cansados de esperar, deixaram o local sem votar. Além de Márcia, outra deficiente, a aposentada Maria de Lurdes Rocha, 66 anos, também só conseguiu votar depois de ser carregada por PM’s. Nem a presença da governadora Ana Júlia Carepa, que acompanhava o candidato Mário Cardoso, do PT, amenizou a situação.

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