No AMAZÔNIA:
Os problemas com as urnas eletrônicas registrados desde o início da manhã no município de Ananindeua tiveram como reflexo longas filas e muita reclamação ontem à tarde. Inúmeros eleitores, que não conseguiram votar de manhã e voltaram para casa, retornaram aos locais de votação depois do almoço, somando-se àqueles que haviam decidido votar apenas nesse período. Com isso, em alguns pontos, ficou difícil até de caminhar, dada a quantidade de pessoas aglomeradas. Os mais prejudicados foram idosos, gestantes e portadores de necessidades especiais.
Na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental São Paulo, localizada no conjunto Jaderlândia II, das cinco urnas que estavam em funcionamento, três tiveram problemas técnicos. Uma delas teve uma pane às 9 horas e só foi reestabelecida às 14 horas. Os eleitores da seção reclamaram bastante da demora. Muitos foram embora sem conseguir votar. 'Depois que a pessoa votava, a urna começava a emitir o sinal sonoro e não parava mais. Já nas outras seções, as urnas simplesmente congelavam e nós éramos obrigados a reiniciar o sistema. Fiz isso pelo menos umas quatro vezes', explicou uma presidente de seção que não quis se identificar.
Situação ainda mais grave foi a verificada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Maria de Araújo de Figueiredo, na Cidade Nova 4. Lá, todas as seis urnas tiveram problemas. Teve gente que estava no local desde às 9 horas e que, até às 15h30, ainda não tinha conseguido votar. 'É um absurdo, um descaso completo com a população de Ananindeua. Nunca vi tamanha desorganização. E o pior é que a gente não sabe nem a quem recorrer. Na minha opinião, a Justiça do Pará precisa rever o seu papel no processo eleitoral', avaliou o advogado Marivaldo Dias.
A mesma opinião teve o aposentado Pedro Neto. Portador de necessidades especiais, ele foi um dos que muitos que esperaram cerca de cinco horas para poder votar na escola. 'É um desrespeito total', argumentou.
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