Em O GLOBO:
Diante de um palanque ocupado por juízes e promotores eleitorais, um candidato a vereador no interior do Maranhão pergunta, ao microfone, se pode distribuir dinheiro ou prestar pequenos favores à população local durante a campanha. As autoridades explicam que as práticas caracterizam compra de votos e podem levá-lo a ser condenado por crime eleitoral. Antes de ouvir outra negativa, o aspirante a político ainda insiste:
- Mas não pode dar nada, mesmo que a pessoa estiver passando necessidade?
A cena insólita aconteceu anteontem à noite, na última das 1.468 audiências públicas promovidas este ano pela campanha Eleições Limpas, da Justiça Eleitoral. O evento lotou a praça central de Itapecuru-Mirim, município carente de 50 mil habitantes a 110 quilômetros de São Luís.
Idealizador dos encontros com os eleitores, o juiz Marlon Dias conta que perguntas como a do candidato maranhense foram comuns nos rincões mais pobres do país. Em seu primeiro ano, o programa de conscientização teve adesão de 48% das zonas eleitorais brasileiras.
- A falta de informação ainda é muito grande. Tiramos dúvidas absolutamente primárias de eleitores e candidatos a vereador e prefeito — conta Marlon, que empunhou um violão para animar a platéia com uma música contra a corrupção.
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Um comentário:
Por aqui eles dão dinheiro e nem perguntam se pode...
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