terça-feira, 13 de maio de 2008

Anulação de concurso deixa candidato indignado

De um eleitor que se identifica com as iniciais A.O.G. e se revela um “candidato indignado”, sobre a postagem Ação pede suspensão de concurso para Prefeitura de Marituba:

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Candidato indignado

Gostaria de expressar minha profunda indignação em relação ao pedido de anulação do concurso de Marituba.
É uma tremenda falta de respeito e humanidade para com os candidatos, que passam meses da sua vida se dedicando aos estudos para concurso público, abdicando de obrigações outras, por vezes perdendo oportunidades de ganho do seu sustento e de seus familiares, a anulação de um concurso.
O concurso de Marituba está sendo realizado em ano de eleição para prefeito, e a nomeação dos aprovados, após a homologação do resultado final, só poderia ocorrer até 3 meses antes das eleições, segundo a lei; caso contrário, somente após a posse do novo prefeito. Há boatos de que a anulação seria ocasionada por disputa política, a fim de que perpetuasse os cargos temporários para as próximas eleições.
Não se sabe o porquê, mas é curioso o que vem acontecendo. A Instituição de Ensino “Esamaz” que vem sendo acusada pelo promotor (em Ação Civil Pública pedindo a anulação do concurso), que alegara não ter capacidade técnica para realizar o concurso ou ainda que a prefeitura não teria motivo para utilizar da hipótese de inexigibilidade de licitação, já realizou inúmeros concursos públicos, dentre eles o de Ulianópolis, Dom Eliseu, São Sebastião da Boa Vista, não havendo problemas e sequer irregularidades na realização de nenhum deles.
Após contatar a presidente da comissão do concurso, Dra. Jandira Pereira, e questionando sobre eventual irregularidade, me foi repassado que a única irregularidade existente já havia sido sanada, que teria ocorrido nas salas de aula onde foram realizadas as provas para os cargos de odontologia e enfermagem, o que levou, portanto, a Instituição, a anular as provas e realizá-las novamente para tais cargos.
Diante de todos esses fatos, eis a pergunta: será que os candidatos aprovados devem sair prejudicados? Após constatar que não houve mais nenhuma irregularidade nas provas realizadas pelos candidatos, seria de bom agrado para mais de 45.000 candidatos que participaram do concurso, que o juiz responsável pelo julgamento da referida Ação Civil Pública se sensibilizasse com a causa, permitindo a nomeação dos aprovados.
Palavras de um candidato tentando mudar a realidade do País.
A. O. G.

2 comentários:

Anônimo disse...

Mudando de assunto, gostaria de sugerir a investigação de um inconveniente fenômeno da Belém atual: os Mal Boys. Esse nome estranho é a sigla oficial das gangues de adolescentes que vagam do Iguatemi à Doca nas noites de sexta-feira. Lembra do grupo de 100 pessoas preso na noite de 2 de maio no Reduto? Pois é.
Os Mal Boys subdividem-se em facções - há os do Guamá, da Terra Firme, do conjunto Jardim Sevilha, da Cidade Nova - o que explica o confronto que motivou a recente prisão. Curiosamente, entre os poucos bairros onde não há Mal Boys estão Nazaré, Batista Campos e Umarizal, bairros de poder aquisitivo mais elevado, o que atrela o triste fenômeno à pobreza que assola nossa capital.
Quer fazer uma experiência? Experimente digitar "Mal Boy" na busca de comunidades do Orkut, que você vai até se assustar com as centenas de comunidades dedicadas às gangues. Todas daqui.
Tudo isso é reflexo de uma educação que deixou de lado a ênfase nos valores morais, na ética, na solidez do caráter e na dignidade.
Estou cada vez mais decepcionado com a realidade de Belém do Pará. E não enxergo solução a curto prazo.

Assinado,
Belenense indignado com a podridão moral que assola a cidade

Poster disse...

Anônimo,
Vou postar seu desabafo na ribalta, na manhã desta quarta-feira.
Abs.