Em O ESTADO DE S.PAULO:
Pelo menos 30 cidades brasileiras, incluindo sete capitais, apresentam a mesma combinação que levou o Rio à epidemia de dengue neste ano: alta infestação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, aumento do vírus do tipo 2 - um dos mais agressivos - e um número considerável de pessoas suscetíveis à contaminação.
O Estado fez um cruzamento de dados entre o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) com mapas de circulação dos vírus da dengue. Trinta cidades, espalhadas pelos Estados de Roraima, Piauí, Maranhão, Tocantins, Bahia, Ceará, Alagoas e Pará, vivem o risco de expansão da dengue tipo 2. Já as capitais que têm essa combinação são Porto Velho, São Luís, Fortaleza, Maceió, Salvador, Belém e Palmas.
O número de cidades com risco elevado de surtos pode ser ainda maior. Isso porque o Liraa foi feito há quatro meses, antes de as chuvas se intensificarem.“É preciso redobrar esforços. Caso contrário, a situação pode se agravar, sobretudo no verão do próximo ano”, avisou o secretário-adjunto de Vigilância do Ministério da Saúde, Fabiano Pimenta.
Uma nova onda de epidemia de dengue no País teria mais casos graves e atingiria principalmente pessoas mais jovens. Exatamente o que vem ocorrendo no Rio. Entre as causas dessa nova onda estaria o tipo de população suscetível. A dengue é provocada por quatro tipos de vírus, batizados de 1,2,3,4. Ao ser infectado, o paciente cria imunidade somente ao tipo de vírus que causou sua doença. No Brasil, já há grande número de pessoas resistentes, por causa das três epidemias registradas. Mas crianças que nasceram durante e depois da década de 90 não têm essa imunidade.
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