Na FOLHA DE S.PAULO:
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse na tarde de ontem, em Recife, que a Presidência da República não está preocupada com a CPI dos Cartões Corporativos e que o governo está "extremamente tranqüilo". Dilma afirmou ainda que há uma tentativa de "escandalização do nada" sobre o tema.
"Essa tentativa de banalizar as investigações, escandalizando o nada, é algo que não contribui para o país", disse, após participar da inauguração de uma agência do Banco Azteca ao lado do presidente Lula.
Anteontem, PT e aliados impediram a convocação da ministra para depor na CPI.
De acordo com a ministra, alguns dados não são publicados pelo governo federal na página do Portal da Transparência porque "certas coisas não se divulgam". Ela afirmou, no entanto, que os gastos são auditados, checados e avaliados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e que, por esse motivo, não há razão para suspeitas de irregularidades.
Questionada se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia revelar suas despesas com cartão corporativo, a ministra disse que isso não depende da vontade do presidente. "Abrir ou fechar é uma decisão institucional e, portanto, regulada por normas. Não é ato de vontade, infelizmente."
Sobre o desempenho de Lula segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem, ela disse que o resultado mostra que o governo está no caminho certo, mas que ainda pode fazer mais.
"Não podemos subir no salto alto. Não temos de achar que a questão do país está resolvida, mas está claro que o caminho trilhado tem o reconhecimento da população", disse a ministra.
Dilma negou ser pré-candidata à Presidência e creditou as especulações ao fato de estar perto de Lula no momento em que ele declarou que faria um sucessor, anteontem, em Recife. Segundo ela, o discurso foi feito de improviso e ela só estava ao lado do presidente por acaso.
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