quinta-feira, 21 de março de 2019
Ibope revela uma assustadora corrosão do apoio popular a Bolsonaro
Aí está.
A imagem acima e as duas abaixo expressam, em síntese, os números da pesquisa do Ibope, divulgada na noite desta quarta-feira (20).
Ainda nem se completaram 100 dias (os míticos 100 dias) do governo do Capitão.
Aliás, ainda não se completaram nem 90 dias, e já temos, mensurada, medida, quantificada e valorada, uma espantosa, estrondosa e reveladora corrosão do apoio popular ao governo que tomou posse no dia 1º de janeiro de 2019.
Tomou posse, sim, amparado na legitimidade popular, alcançada em votação democrática.
Tomou posse, sim, surfando na onda de enorme expectativa de que, ora bolas, teríamos a partir de então dois Brasis - um antes, outro depois do governo Bolsonaro.
Tomou posse, sim, escorado na presunção de que muitas, senão todas, as promessas de campanha seriam facilmente operadas através de um decreto, que cumpre ao Executivo editar, é claro.
Acreditou-se, por exemplo, que o diktat de um ministro desparafusado qualquer seria capaz de fazer todas as criancinhas acordarem de manhã, dirigirem-se à escola e, em lá chegando, automaticamente perfilarem-se para cantar o Hino Nacional, com direito a ser filmadas, para que o filminho, logo depois, fosse remetido ao ministro que emitiu a ordem esdrúxula.
Acreditou-se, por exemplo, que o fisiologismo - escancarado e desbragado - seria coisa do passado, seria obra de dinossauros da velha política.
Acreditou-se, piamente, que teríamos um presidente sereno, moderado, equilibrado e consciente de que, encerrada a campanha eleitoral, deveria ser o primeiro a pôr um freio no passionalismo ideológico, sobretudo o que tem potencial de atirar no ralo o decoro presidencial e a imagem no País.
Acreditou-se que o presidente seria capaz de acionar as rédeas de sua autoridade para controlar filhos dominados incontrolavelmente por recalques, ódios e ressentimentos que beiram ora o rídículo, ora a irresponsabilidade, ora as duas coisas de uma só vez.
Acreditou-se que haveria um mínimo de concatenação, articulação e definição de rumos na base aliada do governo.
Acreditou-se que fake news seriam produzidas - ou chanceladas - apenas por militantes entretidos em guerrilhas virtuais, e não pela própria Presidência da República.
Acreditou-se piamente que laranjal fosse apenas, ora bolas, o cultivo de laranjas, sem agressões a leis e sem estímulo a suspeitas de condutas criminosas.
Se vocês clicaram - ou clicarem - em todos esses links, que remetem a postagens feitas aqui no Espaço Aberto, verão que essas expectativas estão esboroando-se, derretendo-se, deteriorando-se, esvaindo-se rápida e progressivamente pelo ralos das mais ardentes ilusões.
Agora, com todo o respeito às preferências de cada um, mas todos os que votaram em outubro já são bem grandinhos para não se deixarem inebriar tanto por ilusões, né?
Com todo o respeito.
Avante, Brasil!
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2 comentários:
Se estes institutos de pesquisas fossem sérios o nosso Presidente Capitão Bolsonaro não teria sido eleito e isto se comprova pesquisando o passado. O IBOPE fez esta pesquisa paga pela Globo e quem compra as pesquisas elas são sempre a seu favor. O Capitão ganhou, o povo ganhou e a Globolixo acostumada a mamar juntamente com a maioria dos "artistas" famosos e de parte uma certa imprensa que vivia nas tetas do Governo vendo que torneiras foram fechadas a todo custo tentam desmoralizar e desqualificar o nosso Capitão. O próximo tento será mandar um soldado acabar com este comprometido STF.
"Se estes institutos de pesquisas fossem sérios o nosso Presidente Capitão Bolsonaro não teria sido eleito e isto se comprova pesquisando o passado."
Pura verdade.
Manipularam e se deram mal, muito mal.
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