É o seguinte.
A deputada estadual eleita em São Paulo Janaina
Paschoal (PSL) é bolsonarista de primeira hora – ou de segunda. Mas é,
certamente, aliada de primeiras horas
do Capitão, desde que ele consolidou sua candidatura a presidente.
Aliás, lembrem-se que ela foi até cogitada para
ser a vice dele. Mas
preferiu não encarar a parada.
Janaina, bolsonarista e advogada
constitucionalista que é, tem credenciais, portanto, pra meter o bedelho nessas
coisas estranhas, esquisitas e da típicas da velhíssima política que têm acontecido durante este início –
turbulento, atabalhoado, desorientado e desequilibrado – do governo do Capitão.
Nesta terça-feira (19), ela defendeu o
afastamento do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, por causa da suspeita
de que ele criou um esquema com candidatos laranjas para desviar
recursos na eleição, como denunciou a Folha.
Em mensagens publicadas em seu perfil no Twitter,
Janaina disse que retirá-lo do cargo não significaria reconhecer sua culpa,
mas garantiria a ele a chance de dar, na opinião dela, explicações mais
satisfatórias do que as apresentadas até agora.
Janaina caminha, neste episódio, caminha sob a
inspiração da lucidez. E do senso de justiça.
Afinal, por que a indignação do Capitão com o humilhado,
desprezado, envilecido e demitido Bebianno, acusado de irrigar um
laranjal em Pernambuco, e por que a contemplação, a complacência e tolerância
com Marcelo Álvaro Antônio?
Por quê?
Na série de mensagens, ela disse ainda
que "a manutenção do ministro do Turismo está fazendo o governo pagar
um preço muito elevado e, salvo melhor juízo, tal preço não se justifica. Os
relatos contra o ministro são consistentes e, até o momento, as
explicações não foram satisfatórias", diz a deputada.
Quem a contesta?
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