Alcino Bemuyal, ribeirinho de origem judaico-marroquina, o advogado Ismael Moraes e o presidente da Apovo, Ademar, neto de escravos |
Centenas de integrantes da Associação das Populações Organizadas Vítimas das Obras nos Rios Tocantins e Adjacências (Apovo) já estão acampados, desde a última terça-feira (19), entre os municípios de Tucuruí e Breu Branco.
Conforme informo o Espaço Aberto, a manifestação pretende chamar a atenção para sentença da Justiça Federal que condenou a Camargo Corrêa a indenizar comunidades ribeirinhas estabelecidas a jusante da hidrelétrica, por ter destruído uma praia chamada Gaviões da Montanha, local da desova de quelônios e reprodução de peixes, além de ter destruído a mata ciliar.
Além de comunidades ribeirinhas, parte de algumas tribos da região também aderiram à manifestação.
A sentença foi assinada em outubro de 2018 (clique neste link para ver a íntegra em Inteiro Teor), atendendo a uma ação civil pública proposta pela Apovo. A entidade sustentou em juízo que houve retirada irregular de areia do local licenciado, do que resultou um auto de infração ambiental pelo Ibama à Construtora. A areia da praia Gaviões da Montanha foi retirada durante a construção das eclusas da hidrelétrica.
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