quinta-feira, 17 de março de 2016

Dilma está decretando o impeachment de Dilma


Anote-se: um governo como esse, comandado por uma presidente destrambelhada, desnorteada e atabalhoada, não precisa de impeachment para cair; ele cai sozinho, por si mesmo.
Dilma, destrambelhada, desnorteada e atabalhoada, está levando seu governo para o fundo do poço. Está conduzindo seu próprio governo para o nadir, para as fossas abissais do desconhecido.
Não entremos aqui em consideração sobre a ilegalidade ou não da polêmica deliberação do juiz federal Sérgio Moro, de quebrar o sigilo de grampos telefônicos que revelaram manifestações nada, digamos assim, republicanas de Dilma e Lula.
Não entremos aqui em especulações se a tal conversa entre ambos, em que a presidente diz que está mandando a Lula um tal termo de posse para ser usado em caso de necessidade, realmente pretenderia blindar Lula.
Deixemos isso de lado.
Fiquemos apenas com o lado eminentemente político da nomeação de Lula para a Casa Civil.
Aqui está o destrambelhamento, o desnorteio, o atabalhoamento total, absoluto de Dilma e que podem ser letais para seu governo.
É que a presidente, nomeando Lula:
1. Abdica de governar - e tanto prova que Lula já começou a fazer sondagens para colocar Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda e Nelson Jobim no Ministério da Justiça.
2. Abdicando de governar, ela ficará, evidentemente, nas mãos do PT, que nunca confiou em Dilma e nem o partido nela.
3. Transmite à opinião pública a ideia do náufrago que está agarrado, em alto-mar, a uma tábua prestes a naufragar antes dele. Lula é essa tábua, eis que pode, o quanto antes, virar réu no processo da Lava Jato.
4. Atrai para dentro do Palácio do Planalto não mais uma oposição radical, mas o furor, o ódio, o passionalismo hostil, o rancor de proporções imprevisíveis, sentimentos que Lula desperta nos amplos segmentos que exigem a renúncia de Dilma e pugnam por seu impeachment.
5. Reforça a impressão de que estaria em curso a tentativa de blindar Lula, brindando-lhe com o foro privilegiado, uma estratégia que pode naufragar completamente, tendo em vista precedentes do Supremo.
Resultado: 16 de março de 2016 pode entrar para a história como o dia em que Dilma, essa destrambelhada, essa atabalhoada, essa desnorteada, decretou o seu próprio impeachment.

3 comentários:

Anônimo disse...

Não nos enganemos seu Espaço; pelo poder todos fazem de tudo, o pt mais ainda.
Não vão largar por nada.
Lula vai raspar o fundo do cofre, derramar verbas de "emendas" parlamentares e fazer o que já fez (sem saber, claro.): comprar todos com um new mega-mensalão.
E o congre$$o vendido sairá feliz inclusive a oposição-rabo-de-palha.
E nós...pagando a conta.
Dilma? essa vai ficar "conversando com dona Mariza, ou seja, ficar calada olhando o jararaca "pilotar a esperança".
Segue a sangria.

Anônimo disse...

Só faltou citar a justificativa de envio do documento. Lula nâo participaria da posse por causa de alegada doença da esposa. Só que ela foi pro hospital depois da divulgação do áudio.

Ismael Moraes disse...

As autoridades do governo Dilma, incluindo ela, parecem aquelas celebridades meteóricas: sabem que seus momentos de glória estão próximos do fim, então praticam atos até suicidas para não sair das manchetes.