terça-feira, 29 de março de 2016

Petistas perdem as esperanças e aguardam o "coup de grâce"


Petistas daqui que preferem manter a reserva, por motivos óbvios, já jogaram a toalha.
Estão convictos de que a reunião desta terça-feira, em que o PMDB deverá selar o desembarque do governo Dilma, representará aquilo que os franceses chamam de coup de grâce, traduzível para o nosso velho de guerra "golpe de misericórdia".
Apontam, os petistas desesperançados, as razões de suas desesperanças:

1. Saindo o PMDB, outros partidos da base aliada farão o mesmo, porque ninguém será idiota de continuar num barco que está apenas com uma parte da proa à tona.
2. O governo Dilma perdeu completamente a capacidade de articulação.
3. Nomear, como fez Dilma, um ministro do PMDB um dia depois de o partido ter decidido, em convenção nacional, proibir o ingresso no governo de qualquer filiado à legenda foi um lance dos mais equivocados, porque pareceu uma afronta à deliberação peemedebista.
4. Chamar o ex-presidente Lula para fazer parte do governo aguçou o clima de confronto e cortou as mínimas e mais imperceptíveis possibilidades de formar pontes com setores da sociedade que, mesmo favoráveis ao impeachment, têm adotado uma postura de maior racionalidade e ainda poderiam juntar-se aos que batalham pela manutenção da presidente Dilma no cargo.
5. Ficar repetindo que "impeachment é golpe", sem explicar concretamente as razões objetivas pelas quais a presidente não teria cometido crime de improbidade, é chover no molhado.

No mais, esses petistas acham que, tão ou mais importante do que manter um bote à disposição de Dilma, para que ela se salve do impeachment, é cuidar para que o próprio PT sobreviva com alguma vitalidade a essa espécie de tsunami político.
Do contrário, preveem os petistas desesperançados, não se descarta que o próprio PT, em futuro próximo, vire farelo.
Quase literalmente.

3 comentários:

Anônimo disse...

Tirando a questão da corrupção, que é atributo partidário e não exclusivo, o problema do pt é a incompetência político-administrativa. Vide governo no Pará. Política por não saber governar, afastando aliados e trazendo para o governo pessoas como o ex-ministro. Administrativa porque insistiu no modelo venezuelano de adotar programas sociais sem a respectiva fonte de recursos, torrando os disponíveis, não sabendo como lidar com o mercado e a economia, mantendo ministérios quilométricos (coincidindo com a incapacidade política). O partido, assim como acabou no Pará, acabou no país.

Anônimo disse...

Mas ficar feliz com Temer e Cunha eu não fico. Jader voltará a ter " amizade" com Jatene? Os políticos estão preocupados com o Brasil? Se alguém puder me adiantar, agradeço a contribuição. E a lavajato vai seguir?

Anônimo disse...

Jader não voltará com Jatene; político não se preocupa; lava jato segue.