sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A violência - causas, medos e cumplicidades



De leitor do Espaço Aberto, comentando a postagem Medo silencia todo mundo contra a criminalidade:

Estamos nos acostumando a conviver com escândalos envolvendo o roubo de dinheiro publico. Escândalo do Petrolão é uma das pontas do iceberg. Talvez porque são crimes cometidos e carimbados pela palavra "corrupção", que ao passar dos tempos foi associada à palavra malfeito e jogou para escanteio o verdadeiro significado da palavra crime. "Afinal", desvios de dinheiro, ouro e outras riquezas naturais são "normais" e corriqueiras desde a chegada de Cabral. Chegamos ao ponto de Sociedade acomodada e omissa. Por que já não sabemos mais aquilatar a exata dimensão e malefícios decorrentes desses crimes?
"Mas... quando lemos, ouvimos e assistimos na mídia - e, mais aterrador ainda, vemos com nossos próprios olhos o sangue da violência, cadáveres estendidos no chão, explosões de caixas eletrônicos, acidentes gravíssimos causados por álcool e drogas, só então sentimos medo e percebemos que nós e nossos familiares poderemos ser as próximas vítimas. Daí, entramos em desespero e somos tomados por sentimentos de indignação e, finalmente, nem queremos mais extravasar nossa indignação em manifestações, pois já mentalizamos que manifestar ou nada fazer é a mesma coisa. Se chegamos a esse ponto, melhor que olharmos para o espelho e refletir é pegar o nosso smartphone e registrar um "selfie", enquanto dizemos em alto e desesperado tom: por quê?

1) Dificilmente se alastram além da região da tragédia (recorde-se a matança recém-ocorrida em Belém, que praticamente já caiu no esquecimento e o Brasil, na época, pouco tomou conhecimento...). São dissipadas em poucos dias, ou mesmo em questão de horas. Resultam efeitos rapidamente neutralizados.

2) Enfim, a nossa indignação é digerida e expressada em frases, do tipo, "Fizemos a nossa parte.. . A vida segue, agora compete às autoridades...". Não percebemos que certos políticos e "autoridades" são cúmplices de criminosos?

3) As "autoridades" voltam ao gozo de invejáveis prerrogativas, proventos, benefícios adicionais, mordomias - sejam "legais" ou "por fora". Continuam dormindo o "sono seguro e tranquilo", tão natural àqueles que conhecem na palma da mão a natureza previsível do povo adestrado para levar vida de gado, tal qual descrito nos versos do poeta e cantor.

4) Para a felicidade, certeza de impunidade e que o "negócio" continuará rendendo lucros e vantagens, os criminosos e seus cúmplices riem e debocham de nós, meros cidadãos tomados e tornados pelo medo, em silenciosos cidadãos conformados, acuados e inofensivos.

5) Até quando?

3 comentários:

Anônimo disse...

Anônimo disse...

Continua o engarrafamento da 14 de março, agora também pela manhã. Saudades até do DUCIOMAR.

Estamos conseguindo "Igualdade Social", mas às avessas... disse...

Medo, miserabilidade da cidadania imposta pela
Escalada da violência & criminosos infiltrados em Instituições,
Determinando essa nova e nada progressista "Igualdade Social":
O deprimente estado psicossocial adoecendo as classes A, B, C, D, E.

Anônimo disse...

Opa, o huno? Não era o pior dos 400 mais 400 anos?