sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Agenda Pública debate desenvolvimento sustentável



De que forma um empreendimento mineral pode gerar desenvolvimento sustentável nas comunidades onde atua? Como deve ser a interação do poder público, empresas e sociedade? E que legado ficará para comunidade no final do ciclo? Esses foram alguns questionamentos que instigaram os participantes do minicurso “Diálogos para o desenvolvimento: experiências e modelos para o desenvolvimento de territórios com mineração”, ministrado nesta quinta-feira (20), último dia da Exposibram Amazônia 2014 pelos diretores da OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Agenda Pública, Bruno Gomes e Sérgio Andrade, e pela facilitadora e psicóloga, Ligia Pimenta.

Mais do que falar das contribuições, relatando experiências de sucesso, o minicurso veio com a proposta de provocar a curiosidade das pessoas e dos atores do Pará que participaram da Exposibram para outros aspectos que parecem mais importantes e que tem o intuito de fazer da mineração um fator de desenvolvimento sustentável em qualquer território, especificamente no Pará que é local com potencial minerador gigantesco. “O minicurso trouxe alguns conceitos e noções, mas também experiências e novas abordagens de como tratar a mineração e pensar de que forma os empreendimentos de mineração podem apoiar e promover o desenvolvimento territorial na questão social, econômica, ambiental e também política, em especial no desenvolvimento de políticas públicas. Essas quatro dimensões são essenciais”, pontuou o sociólogo e diretor da Agenda Pública, Bruno Gomes.

O especialista ressaltou que apesar da mineração não ser uma atividade sustentável todo o tempo, pelo fato de ter reservas limitadas, ela pode promover sustentabilidade e criar condições para implantação de atividades, com crescimento econômico baseado em outras cadeias produtivas, com maior participação da sociedade civil e com politicas e serviços públicos de maior qualidade para a população. “A mineração pode proporcionar isso com o cuidado sempre de que essas ações possam ser apropriadas pelas pessoas que vivem naquele território. Acredito que esse é o fator de sustentabilidade principal”, avaliou.

Cláudia Salles, gerente de Assuntos Ambientais do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) acredita que o minicurso na Exposibram deu a oportunidade de construir diálogos, colocando numa mesma discussão pessoas que representam o setor da mineração, poder público e sociedade civil para proporcionar a troca de experiências. “A ideia de conseguir construir um diálogo que ensina da temática de mineração é importante para que essa atividade seja um catalisador para o benefício das comunidades. A ideia é entender e construir coletivamente essa possibilidade. Essa temática de território é um assunto que o Ibram vem tratando em diversos seminários, congressos. Também estamos fortalecendo a parceria com a sociedade civil e transmitindo a informação para os nossos associados da importância de ser transparente e de se construir o diálogo na comunidade onde a atividade mineral está inserida”, destacou.

Eder Rezende, engenheiro de Produção Mecânica da Secretaria de Obras de Parauapebas, participou do minicurso e disse que o encontro mostrou o quanto é importante que prefeituras e mineradoras estejam trabalhando em parceria para o desenvolvimento dos territórios. “É muito importante também que o poder público municipal como um todo esteja envolvido no processo. Foi muito bom ter conferido alguns exemplos que eles implementaram em cidades mineradoras para trazer essa nova visão e gestão e promover formas de diálogos com a população. Com certeza, a nossa visão se amplia e vamos buscar entender como a prefeitura pode atuar de forma institucional e mais eficaz nos programas assistenciais, de saúde e de infraestrutura”, comentou.

Fonte: Texto e fotos - Assessoria de Imprensa

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