A violência ataca de dia. O dia todo.

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Olhem só como está o clima.
Olhem só como está a insegurança.
Oficial de justiça foi assaltado por volta das 7h15 da manhã bem aí, na Antonio Everdosa com a travessa Pirajá, no bairro da Pedreira.
Perdeu dinheiro, celular e tudo o mais.
Detalhe: ele não esboçou qualquer reação, não enfrentou o bandido, não se precipitou. Fez tudo como recomendam os manuais da prudência a quem se vê atacado por um ladrão.
Pois é.
Mesmo assim, o assaltante ainda investiu com uma faca para cima do servidor, que só não foi atingido porque conseguiu se esquivar a tempo.
E tudo isso às vistas de dezenas de pessoas que estavam nas redondezas.
Mas que se atreveu a intervir em defesa da vítima?
Ninguém, evidentemente.
Porque ninguém, em situações que tais, quer se expor ao risco de também ser atingido por uma facada ou por um tiro.
E assim seguimos todos nós, reféns do banditismo.
Nós, os cidadãos comuns, presos, agrilhoados a nossas medos, a nossos temores, aos riscos a que somos expostos todo dia, o dia todo.
Eles, os bandidos, livres, leves e soltos, assaltando, roubando, furtando, sequestrando e estuprando.
Para onde fugiremos?
Para onde vamos embora?
Pra Pasárgada?