Olhem só.
Foi ridícula, condenável, violenta,
antidesportiva e injustificável a atitude do jogador Luisito Suárez, do Uruguai, em aplicaruma mordida no jogador Chiellini.
Tão ou mais ridícula foi a atitude do próprio
jogador, como a de seus companheiros – sobretudo o capitão Lugano –, negando a
dentada ou, no máximo, considerando essa conduta uma transgressão menor,
portanto não sujeita a punição alguma.
Anotem mais: impunha-se à Fifa aplicar, sim, uma
sanção rigorosa ao atacante da seleção do Uruguai.
Muito bem.
A Fifa aplicou a punição. E se excedeu. E
exagerou. E incorreu no ridículo de desprezar o princípio básico, universalmente
consagrado em Direito, segundo o qual as penas para sancionar qualquer conduta
devem ser proporcionais à gravidade das lesões provocadas.
Então, é assim: Luisito deveria ser suspenso por um ou dois jogos? É claro que não.
Luisito deveria ser punido com rigor?
Claro que sim.
É razoável que, além disso, fique proibido de
praticar qualquer atividade ligada ao futebol por um período de quatro meses?
Não.
Sinceramente não.
Alega-se, como muitos estão alegando, que a
mordida de Suárez precisa ser punida com todo esse rigor – senão até mais –
porque configurou uma agressão estranha às agressões naturais num jogo de
futebol.
Assim, se um jogador entrar propositalmente de bicuda na canela do adversário e seccionar-lhe
a perna em 15 pedaços, isso seria conduta punível com maior complacência porque
a agressão, como dizem, é do jogo.
Já aplicar uma mordida, mesmo que só deixe um
vermelhão, como foi o caso da marca que ficou no ombro do lateral Chiellini,
seria conduta sancionável com 9 novos e quatro meses sem praticar atividade
esportiva, porque morder não é do jogo.
Decepar a perna do adversário é; morder não.
Será assim mesmo?
Talvez não.
A punição aplicada a Luisito foi a maior, a mais
pesada em todas as
Copas do Mundo.
Em verdade, a punição a Luisito foi quase um
banimento do futebol, se considerada a gravidade da mordida que ele deu.
Mesmo que seja reincidente?
Mesmo que seja, como estão dizendo por aí, treincidente?
Mesmo.
E pensar que a mesma Fifa que aplica essas
punições exageradas é uma das entidades mais desacreditas e mais suspeitas em
todo o mundo.
Que
coisa!
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