quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

"Deserções" de cubanos preocupam petistas

Alexandre Padilha: deserções no Mais Médicos pode prejudicar sua candidatura ao governo paulista
Há personagens ligados ao Programa Mais Médicos que estão de certa forma preocupados, para não dizer preocupadíssimos, com a possibilidade de uma debandada geral dos profissionais cubanos que atuam em remotas paragens do interior do Pará.
O caso da médica Ramona Rodríguez, que capou o gato após passar uma curta temporada nos ermos de Pacajá, seria apenas o primeiro de uma série. Aliás, a própria médica, em entrevista exclusiva a O LIBERAL, no último domingo, previu que outros colegas seus também podem "desertar", ou seja, abandonar o programa e pedir para ficarem permanentemente no Brasil ou então fugirem para outros países, de preferência os Estados Unidos.
Mas essa questão - das mais melindrosas - não é apenas, digamos, de ordem trabalhista.
A questão possui altíssima octanagem política.
É que o Mais Médicos vem sendo vitaminado pelo PT para ser a grande vedete das realizações do governo Dilma na área de Saúde.
Mais do que isso, deverá - ou deveria, sabe-se lá - ser a grande vitrine para levantar a candidatura de Alexandre Padilha, que lançou o programa quando ainda era ministro da Saúde, cargo do qual se desincompatibilizou para concorrer ao governo de São Paulo pelo PT.
O que dirá o ex-ministro aspirante a governador do maior Estado do país se, até outubro, as deserções desandarem incontrolavelmente?
Eis a pergunta que já se fazem vários petistas.
Por lá e por aqui.
Se bem que mais por lá do que por aqui.

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