Cláudio Puty: "Meu nome está lançado e serei candidato a governador de minha legenda se assim decidir o partido" |
"É legítimo a qualquer filiado do partido, no pleno gozo de seus direitos políticos, apresentar seu nome e submetê-lo ao escrutínio interno nas instâncias partidárias. [...] Meu nome está lançado e serei candidato a governador de minha legenda se assim decidir o Congresso do partido. Até lá, percorrerei o Estado, reunirei com lideranças, exporei minhas ideias e mostrarei que a melhor tática para a oposição vencer a máquina pública e a hegemonia tucana não é ficarmos todos no mesmo lugar para sermos golpeados, mas agruparmos os setores sociais descontentes em torno de plataformas claras e partidariamente identificadas no primeiro turno para, no segundo, saber quem então vai apoiar quem. Eu sigo confiando na força do PT e de sua militância. Por isso confio na vitória", diz Puty, em nota remetida ao Espaço Aberto ontem à noite, diretamente de Brasília, onde se encontrava.
Algumas horas depois de ter lido matéria publicada pelo blog, intitulada Candidatura própria do PT é inviável, avalia petista, em que o deputado federal Ze Geraldo (PT) manifesta sua convicção de que a pré-candidatura lançada por um frente é inviável na conjuntura atual, Puty entrou em contato por telefone com o poster, pedindo a publicação de nota que ele também enviou ao Blog do Bacana, de Marcelo Marques, para contestar declarações do deputado estadual Carlos Bordalo (PT), lá reproduzidas.
Como a mesma nota, segundo Puty, contempla seu anseio de contestar também as declarações de Zé Geraldo, feitas no mesmo sentido das que Bordalo formulou, o agora pré-candidato do PT ao governo pediu que fosse publicada aqui.
Leia a nota abaixo, na íntegra, o posicionamento de Cláudio Puty:
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Em resposta à frase atribuída ao deputado Zé Geraldo, segundo a qual o lançamento do meu nome como pré-candidato do PT ao governo seria uma resposta a disputas internas no próprio partido, tenho a dizer que:
1. É legítimo a qualquer filiado do partido, no pleno gozo de seus direitos políticos, apresentar seu nome e submetê-lo ao escrutínio interno nas instâncias partidárias.
2. O PT não tem posição firmada sobre a tática eleitoral para 2014 e qualquer afirmação contrária a isso conflita com o regimento interno. Apenas o Congresso Partidário pode dar parecer definitivo a esse respeito. Até lá, existem apenas opiniões acerca disso, inclusive as que defendem candidatura própria do PT e as que defendem que sigamos à sombra de outras legendas.
3. A adesão imediata ao lançamento do meu nome, inclusive de lideranças de outras legendas, e a reação intempestiva dos que precipitam decisões à revelia das instâncias partidárias mostra que o PT tem energia militante, densidade social e capacidade política para organizar a oposição programática ao governo tucano e capitaneá-la.
4. Jamais manifestei rejeição à política de alianças com partidos da base aliada do governo federal. Ao contrário. Apenas não considero que o partido que governa o país e que governou o Pará e a capital do Estado com resultados exitosos possa, simplesmente, abrir mão de disputar a liderança da oposição e apresentar sua plataforma aos eleitores paraenses no primeiro turno.
5. As eleições em dois turnos se prestam, justamente, ao confronto de ideias. O Pará carece de saúde, educação, segurança e infraestrutura, sobretudo porque carece de um debate qualificado de rumos e propósitos que só a apresentação clara de plataformas pode ajudar a construir. Se o PT não tivesse nada a dizer ou a acrescentar a esse debate, não precisaria lançar nome ou apresentar-se ao eleitor. Mas tem. E quer ver as eleições amadurecem ao ponto de que não vença quem tenha mais dinheiro ou o melhor brega na televisão, mas quem apresente as melhores ideias para resolver os problemas que desafiam os séculos em nosso estado ao ponto de parecerem insolúveis.
6. O entusiasmo com que meu nome foi recebido e a efervescência produzida pelo lançamento na base partidária contradiz a tese derrotista de que o PT “não tem chances” na disputa ao governo. Em 1996, quando venceu a prefeitura de Belém e em 2006 quando venceu o governo do Estado, o PT não aparecia como favorito e mostrou, no decorrer da campanha, que é um partido de massas e que tem identidade com o povo trabalhador e suas causas. Hoje o PT tem a adesão de um terço dos eleitores e o governo da presidenta Dilma tem no Pará sua maior aprovação. Não há justificativa para dizer que não temos chances de vencer.
7. Meu nome está lançado e serei candidato a governador de minha legenda se assim decidir o Congresso do partido. Até lá, percorrerei o estado, reunirei com lideranças, exporei minhas ideias e mostrarei que a melhor tática para a oposição vencer a máquina pública e a hegemonia tucana não é ficarmos todos no mesmo lugar para sermos golpeados, mas agruparmos os setores sociais descontentes em torno de plataformas claras e partidariamente identificadas no primeiro turno para, no segundo, saber quem então vai apoiar quem. Eu sigo confiando na força do PT e de sua militância. Por isso confio na vitória.
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