domingo, 22 de novembro de 2009

Ditaduras que repugnam

De um Anônimo, sobre a postagem Fora daqui!:

É o amiguinho do presidente Lula!
Esse político teve a eleição questionada por milhares de iranianos que foram às ruas protestar contra os fortes indícios de fraudes na referida eleição. Trata-se, sem dúvida, de um pacato cidadão a que devemos receber com nossa conhecida bonomia.
Houve, até, a morte de uma moça que protestava em Teerã pelas forças que o apoiavam e cujas imagens estão disponíveis no YouTube.
A tudo isto, nosso presidente disse que tudo não passava de uma briguinha sem importância, dessas que acontecem entre vascaínos e flamenguistas.
É evidente que o Irã é uma ditadura e que, se a bomba atômica cair no colo desse cidadão, tudo pode acontecer. Para pior, é claro.
Assim, se somos, verdadeiramente, uma democracia, devemos evitar ações que, em última instância, têm como resultado prático legitimar um governo ditatorial, que não hesitou sequer em atirar no próprio povo e ameaça Israel com sua destruição completa.
Assim, faço coro com você, PB: Xô!
Acrescento, ainda, que o ditador venezuelano Hugo Chávez elogiou nesta semana seu compatriota "Carlos, o Chacal", conhecido terrorista que fez fama nos anos 1970 com uma série de assassinatos e explosões a bombas de altíssimo impacto e que se encontra hoje preso na França em razão de ter assassinado dois policiais.
Essa ode à violência diz muito sobre o que pensa Hugo Chávez e seu regime ditatorial.
É lamentável que sejam muitos entre nós os que defendem esses dois dirigentes ditatoriais (para não dizer, totalitários).
Isto significa que as liberdades civis e políticas precisam ser diligentemente defendidas ainda hoje, a despeito do fracasso do nazi-fascismo, do comunismo e de outras tantas ditaduras sanguinárias que o século XX conheceu.
Para mim, na raiz desse ódio à democracia representativa está um desvairado antiamericanismo que faz com que muitos ditadores - como Chávez, Fidel, Raúl e esse iraniano maluco - sejam defendidos sem nenhum constrangimento desde que, é claro, alinhem-se contra a superpotência norte-americana.
Um livro que explica bem essa patologia é "A Obsessão Antiamericana - Causas e Inconsequências" do escritor francês Jean-François Revel, uma leitura que recomendo aos que padecem dessa patologia e também aos que não padecem. No Brasil, o livro foi publicado sob o selo da UniverCidade.
Queria acreditar que tenha sido exagerado em meu comentário sobre o antiamericanismo, mas, lamentavelmente, penso que não tenha sido assim.

6 comentários:

Anônimo disse...

Desvairado é o pró-americanismo do anônimo, que é cego à situação internacional, que aplaude as ações dos EUA no mundo e acha que quaisquer críticas a essa política não passe de uma patologia, que é incapaz de perceber que sem essa política criminosa e assassina não existiriam fidéis, chavez e ahmadinejads. Mas, quer o anônimo, o que é bom para os EUA é bom para todo mundo e quem for contra tem que ser execrado. Isso é que é submissão política.

Anônimo disse...

Lamento dizer mais seu discurso não é digno de comentário. estou em outro patamar de debate, pra começar esse senhores definidos como ditador por você tem o apoio da maioria da polução que governa. talvez seja uma consequencia não citada no livro de Jean-François Revel.

Heitor

Anônimo disse...

Realmente, além de porta voz do latifundio, tú és dos americanos e da política genocida dos israelenses contra os palestinos, eu não li e não vi tu te posicionares contra esta politica, logo és a favor!
jl

Anônimo disse...

Não há como defender o terrorismo. Será que é a grande imprensa do "iperialismo" que inventa ou cria esses ataques terroristas? Os dirigentes do Irã são bons para a humanidade? Será que eles não cerceiam a liberdade de seus compatriotas? Ser eleito pela maioria não dá o direito de matar, de prender quem discorda de um regime.

Anônimo disse...

Quando um terrorista explode uma bomba no Iraque ou no Afeganistão, a maioria das vítimas não é constituída de norte-americanos, mas de civis ou nacionais daqueles países. De onde se infere que tais ações, de alcance político duvidoso, causam menos danos aos potenciais inimigos e muito mais à própria população local com a destruição de mais vidas humanas e de patrimônios em países já assolados por duros históricos de guerras passadas e presentes.

Não podemos esquecer, por exemplo, que Hamas expulsou a tiros os membros da Al Fatah, facção a qual pertencia Arafat, da Faixa de Gaza, dividindo, assim, a unidade dos palestinos.
Por acaso, foram os norte-americanos que orientaram as ações dos membros do Hamas?

Por acaso, foram os norte-americanos os responsáveis pela queda de 4,5% do PIB venezuelano no último trimestre de acordo com o Banco Central daquele país, fato anunciado na semana passada?
Ou foram as ações amalucadas de Chávez, que estatizou desde shopping em construção até fábrica que enlata sardinhas?

O curioso é que o maior comprador de petróleo venezuelano são os EUA, assim como Cuba depende dos dólares que os exilados remetem para ilha de Miami e outro lugares do mundo.

Para quem é incapaz de ver tudo isto com clareza, cito a frase de um personagem do filme "Os Duelistas" do grande diretor norte-americano (opa! perdão!) Ridley Scott: "Os inimigos da razão são cegos."

Bruno disse...

Eu acho que muitos tem uma visão errada do que comete-se no oriente médio. Porquanto que uns afirmam que vale o que fazem porque são apoiados ela maioria da população. Assim é a lógica do Iraque, onde 100% da população apoiava o desgraçado. E assim, o tal Mahmoud Ahmadinejad, segue tendo apoio franco de milhares de bobalhões, brasileiros ou não, assim como o Castro, o espanca-povo, Chavez, o estatiza-tudo, e o Saddan, o desgraçado.

Claro, eles sempre vão ver nessas ações gente que é contra os americanos. E, sendo assim, são permitidas e até incentivadas. Mas basta uma vírgula fora do lugar para que mudem de idéia. Ora defendem, ora protestam.

É o autoflagelo do povo que se imola para não gritar contra o agressor, já que muitos o chamarão de tolo. Eu, diferente dessa cambada de besta, sei gritar, sim, contra os meus agressores. E tanto faz quem seja. Porém, mais ainda, se esses mesmos agressores esconderem seus atos perante uma parcela da população que só quer ver o que lhe apraz. Nada mais.

Para estes, digo: "vigiai pois não sabeis nem o dia nem a hora" (mat, 25:13)