segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Cláudio Puty dorme com o inimigo. Ou inimigos.

Leia a notícia abaixo.
Veja a foto ao lado, de Wagner Almeida.
Texto e foto estão no Diário do Pará desta segunda-feira.
E dá conta de um fato gravíssimo: Leomir da Silva Santos está envolvido em crimes de formação de quadrilha, assalto à mão armada e posse ilegal de arma.
E mais: Leomir estava usando um carro oficial, pertencente ao governo do Estado.
Quem é Leomir?
É ninguém menos do que o motorista do chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, a segunda pessoa mais importante da governadora Ana Júlia.
É o motorista do vice-governador de fato do Estado do Pará.
Acrescentem-se algumas informações que não constam da matéria.
Leomir é um dos vários – vários, vale repetir – indicados por Mauro Rodrigues para execer função de confiança na Casa Civil.
Quem é Mauro Rodrigues?
É assessor especial II da Casa Civil.
Se perguntarem a Rodrigues, ele por certo dará referências sobre a vida pregressa de Leomir.
Se ele indicou Leomir, ele deve saber sobre Leomir mais do que ninguém.
É assustador que uma autoridade do status do chefe da Casa Civil esteja acompanhado – e acompanhado de perto – por gente que ele não sabe quem é.
O chefe da Casa Civil não tem culpa nisso, é claro. Presume-se, pelo menos, que não tenha.
Provavelmente, acreditou que os indicados por seus subalternos são pessoas que merecem confiança.
Mas merecem mesmo?
Como se processam as indicações na Casa Civil?
Há o cuidado de levantar a vida pregressa dos indicados?
Exigem-se dos indicados que apresentem antecedentes da Justiça Estadual e da Justiça Federal? O blog já tem informações seguras de que não exigem esses antecedentes.
Que critérios são utilizados para recrutar essas pessoas? É apenas o critério político? É apenas o critério partidário? É apenas o critério da disponibilidade do indicado para as ações, digamos, clandestinas, subterrâneas durante campanhas eleitorais?
Que critério orienta a indicação de uma pessoa como Leomir Santos para dirigir o veículo oficial usado por uma autoridade do status de um chefe da Casa Civil?
E se Leomir Santos ouviu conversas de Puty enquanto dirigia?
Quem, afinal, é mais responsável por situações como essa: o indicado ou quem o indicou?
São perguntas que não querem calar.
Mas não há dúvida: Cláudio Puty dorme com o inimigo.
Ou com os inimigos.
Enquanto você pensa nisso, leia a notícia abaixo, que está no Diário desta segunda.

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Carro oficial é utilizado em ataque à polícia

Leomir da Silva Santos, motorista do chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, e mais três pessoas foram autuadas ontem por formação de quadrilha, assalto à mão armada e posse ilegal de arma por utilizarem um carro de propriedade do governo, uma picape modelo Toyota Hilux 3.0, placa JVF 7736, para praticar assaltos na cidade, entre os quais o de uma investigadora de polícia. O caso foi registrado na Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), pelo delegado Luiz Xavier.
De acordo com o motorista Leomir da Silva Santos, 25 anos, ele e o secretário voltaram de Ipixuna do Pará, nordeste do Estado, na madrugada de ontem, mas ao invés de deixar o veículo na garagem depois deixar o secretário em casa, Leomir resolveu sair pela cidade, onde encontrou com alguns amigos, entre eles Carlos Alberto Neves dos Santos, 31, Rosinaldo Quintino Freire, 29, e Izan de Lira Ferreira, 29, conhecido como “Japonês”, que também é homicida, foragido da Colônia Agrícola Heleno Fragoso.
Entre meia-noite e 3h, Leomir e os amigos pararam em um bar da cidade, onde encontraram algumas mulheres para lhes fazer companhia. Durante essa estadia, Leomir disse ter emprestado o veículo para Izan, sem perguntar nada. Alguns minutos depois, ele retornou e as mulheres pediram para que Leomir as deixassem em suas casas, o que foi atendido. Leomir e os demais também resolveram ir para suas casas.
Por volta das 6h30, Leomir foi chamado novamente para beber em um bar próximo a sua casa. Pela segunda vez, às 9h, Leomir disse ter emprestado as chaves do carro para Izan, que saiu sem dizer aonde iria, retornando depois do meio-dia.

O ASSALTO
No mesmo dia, a investigadora Vânia Vieira, da Delegacia da Cabanagem, terminou seu plantão e esqueceu de entregar as chaves da sala para a próxima equipe. Ela voltou à delegacia, na avenida Independência e, no mesmo instante em que desceu da moto, viu dois homens descerem da picape, indo em sua direção. Os dois homens renderam a policial, juntamente com uma colega, e roubaram os pertences e suas pistolas, fugindo na moto da investigadora que imediatamente acionou o Centro Integrado de Operações (CIOP).
Por volta das 13h, a viatura 2241, ocupada pelos cabos França e Azevedo Filho, da 24ª ZPol, localizaram a picape na passagem Angelim, bairro da Terra Firme, entre as ruas Samomeira e 27 de Setembro.
Rosinaldo conduzia o veículo, enquanto Leomir e Carlos estavam no banco do carona totalmente embriagados. Todos foram conduzidos para a Seccional Urbana do Guamá, onde prestaram esclarecimentos. Após perceberem que um dos passageiros era o motorista da Casa Civil, o caso foi comunicado e repassado para a DRCO.

BUSCAS
A partir daí, começaram as buscas pelos dois assaltantes, na Cabanagem, e a identificação dos suspeitos, na DRCO. Durante os depoimentos, Leomir entrou em contradição várias vezes, mas assumiu que emprestou o veículo duas vezes e que havia outra pessoa com eles durante a madrugada, o foragido Izan. Por volta das 16h, a delegada, junto a outra vítima, chegaram à delegacia e fizeram o reconhecimento dos envolvidos, com exceção de Izan.
Os homens que abordaram a investigadora e a colega, foram identificados pela polícia como sendo “Ramon” e “João”, conhecidos assaltantes do bairro da Cabanagem.
Após ouvir todos os envolvidos, o delegado Luiz Xavier comunicou para os presentes que os quatro foram autuados em flagrante e que, a partir daquele momento, eles ficariam sob responsabilidade da Justiça.

6 comentários:

Anônimo disse...

Com certeza não vai acontecer nada com esse motorista Leomir, ele ouviu muitas coisas do Chefe da Casa Civil, por isso vão mante-lo de boca fechada.

Anônimo disse...

PB
O motorista do secretario da setrans, do ganzer anda armado até os dentes.Será que ele tem porte de arma? Porque ele anda armado? Ele protege quem?

Anônimo disse...

Porque os carros do Governo ~deste desGoverno a maioria são todos descaracrterizados? Se tivessem uma tarja dizendo que pertecia ao Governo certamente ela não estaria a serviço do crime.

Anônimo disse...

O poster reproduz informação inverídica publicada por o "Diário do Pará". Que Leomir é motorista da Casa Civil isso não tem como se contestar, mas dizer que ele é o motorista do Chefe da Casa Civil, Cláudio Puty é outra coisa.
A Casa Civil do governo do Pará dispõe de pelo menos, 30 motoristas, dentre eles o Sr. Leomir da Silva Santos que dirigia para funcionário da Casa Civil em serviço.
Nunca foi motorista do Chefe da Casa Civil, função delegada a um outro servidor de carreira e muito mais experiente que o acusado que inclusive já foi exonerado conforme nota oficial abaixo:

"A governadora Ana Júlia Carepa determinou a imediata exoneração do motorista Leomir da Silva Santos, preso em flagrante, no início da tarde deste domingo (20), depois de ter se envolvido em um assalto à investigadora Vânia Carla Pampolha Vieira, na avenida Independência, em Belém. Em companhia de cinco outros homens, Leomir tomou a moto e a arma da investigadora.
A polícia conseguiu prender o motorista e três comparsas meia hora depois do assalto. Os dois que ficaram com a moto ainda estão desaparecidos, mas a polícia já tem a identificação dos mesmos.
O motorista foi autuado por roubo qualificado, formação de quadrilha e porte ilegal de arma. A exoneração deverá ser publicada na próxima edição do Diário Oficial, que circula na terça-feira.
Leomir da Silva Santos trabalhava para a Casa Civil, mas não era o motorista oficial do secretário Cláudio Puty".
Fonte: http://www.pa.gov.br/noticia_interna.asp?id_ver=51146

Satchel Paige

Anônimo disse...

Este motorista com o professor que tinha o que queriam que aprendesse?

Anônimo disse...

Será que a exoneração vai ser a bem do serviço público ou será a pedido?