sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O que Puty tem a ver com construção de hidrelétrica?

Não passou despercebido – de petistas, principalmente – a presença de Sua Excelência o chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, em Vitória do Xingu e Altamira, que sediaram audiências públicas sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte.
Por que Puty foi escalado por Sua Excelência a governadora Ana Júlia para se fazer presente às audiências?
Porque Puty, ora essa, é pré-candidato a deputado federal pela DS, a Democracia Socialista, tendência petista integrada, entre outros, por Ana Júlia.
Em eventos assim, o chefe da Casa Civil poderá, digamos, fazer nome, tornar-se um pouco mais conhecimento e engatar um discurso politicamente correto.
Mas o que tem a ver a Casa Civil de Puty com a natureza dos debates travados em Altamira e Vitória do Xingu?
Nada.
Absolutamente nada a ver.
Quais os secretários que deveriam, obrigatoriamente, comparecer a audiências como as de Altamira e Vitória do Xingu?
Deveriam estar lá, obrigatoriamente, secretários como Marcílio Monteiro, titular da Secretaria Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, e Maurílio Monteiro, da Secretaria de Projetos Estratégicos.
Não seria demais, todavia, se Ana Júlia escalasse mais dois secretários, o da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Aníbal Picanço, e o da Integração Regional, André Farias.
Eles sim – os quatro –, são gestores que têm contato direto com questões referentes à construção de uma hidrelétrica.
E tanto é verdade que, na audiência pública em Belém, Maurílio Monteiro é que compôs a mesa (veja na foto acima, da Agência Pará), como representante do governo do Estado, enquanto Marcílio, também presente, ficou apenas como espectador privilegiado.
São por essas e outras que a articulação política do governo Ana Júlia continua sendo, no mínimo, um desastre.
Um desastre com impactos políticos proporcionais aos impactos ambientais que poderão ser causados pela construção de Belo Monte.

6 comentários:

Anônimo disse...

Ele não foi escalado por ninguém, ele mesmo se escala, afinal ele é o governador de fato.

Anônimo disse...

Li no Blog da Franssinete, que o Chefe da Casa Civil iria representar o governo estadual nas 03 audiencias públicas sobre Belo Monte, mas parece que não pegou mesmo muito bem sua presença e posicionamento lá em Altamira, que teve que sair de cena, na audiencia aqui em Belém.

Anônimo disse...

Apesar de não ter o cargo de Primeiro-Secretário no governo do estado, é assim como o atual Chefe da Casa Civil se comporta, como se fosse um supersecretário, ao qual todos os outros estão subordinados, acima de qualquer um.

Anônimo disse...

Sinceramente tenho que discordar do blog. É evidente que uma questão como Belo Monte não é meramente técnica,envolve sim elememtos técnicos e evidentemente políticos, como aliás bem demonstraram os protestos em Belém e a diversidade do público que comparece. Sendo assim, é evidente que o porta-voz das posições do governo deve ser ou a própria governadora, que já o fez publicamente como foi destacado pelo jornal de Lúcio Flávio Pinto, ou alguém da governadoria - no caso o mais adequado é mesmo o Chefe da Casa Civil, seja ele quem for, pois é quem é responsável no governo pelo diálogo com movimentos sociais em geral e lideramças políticas. Além do que , tive conhecimento que a posição do governo é muito boa, pois pela primeira vez coloca em debate um percentual mínimo da energia do empreendimento para o estado produtor, o que é fundamental para o desenvolvimento local. Isso é a questão central do debate e não quem fala pelo governo.

Anônimo disse...

Ora, mas que esdrúxulo esse questionamento. Concordo com o Anônimo discordante do pôster. Casa Civil faz o relacionamento com a sociedade civil organizada, que são os principais atores sociais neste momento. Seja quem for o secretário-chefe, ele tem importância política estratégica neste debate, inclusive pela dimensão do tema, que não é puramente ambiental ou centrado na pasta de qualquer outra secretaria de estado. Pegou mal foi o discurso profundamente oportunista da tal prefeita tucana, vaiada até o último fio de cabelo. Ela disse que ninguém ali ia decidir pela construção de Belo Monte, maaaaas, se viesse a ser construída, ela tinha lá sua listinha de pedidos pro presidente Lula. Ela ta doidinha da silva pra que Belo Monte saia, só não teve coragem de dizer nem argumentos para defender e encarar os movimentos sociais. Pegou mal, isso sim, os cochilos renitentes do senador Flexa. Acorda, senador, vamos pro debate!!

Anônimo disse...

O PT debate com a sociedade? Huuummmm!!!

Quantas explicações foram dadas para as mortes na Santa Casa? Para os kits escolares? Para a falta de equipamentos no Hospital Ophyr Loyola?

Ok, "vamos pro debate!!"