De um Anônimo, sobre a postagem Belém não tem sossego:
Esse repórter da Folha até que delicado com Belém, ou melhor, com o povo mal educado de Belém, povo que acha normal estourar os tímpanos de qualquer cidadão (e o pior, cá entre nós, é que brega, depois de algumas horas de escuta, torna-se simplesmente insuportável, dada a pobreza musical do gênero; digo isto muito à vontade porque sou paraense e, além disso, belemense).
O repórter, um forâneo, deixa, por assim dizer, o rei nu ao dizer que alguns daqui fingem ignorar - que somos um povo mal educado, beirando a idiotice ou insanidade com essas aparelhagens de som estoura-tímpanos e carros que circulam pela cidade com o som num volume absurdo, como se fossem boates ambulantes sobre quatro rodas.
Nota 10 para o repórter da Folha!
E nota zero para a poluição sonora produzida em Belém!
3 comentários:
O repórter foi verdadeiro e até gentil com a escória barulhenta do Pará. Que nem sempre foi assim.
Justiça se faça: quem nos trouxe a praga dos trios elétricos e o lixo da submúsica baiana foram empresários da contravenção, das diversões e das comunicações, que espalharam essa cultura do barulho pelo estado todo.
E muitos desses que tentam compensar algo reduzido demais em sua anatomia com aparelhos de som imensos vêm de Goiás, como se pode ver pelas placas de carros na orla de Santarém (a turma da soja) e na praia de Salinas.
Esses se destacam pelo repertório vulgar e sabiamente conhecido como música de corno. Os paraenses, parece que ainda mais incapazes de articular uma frase coerente, gostam mesmo é de barulho,se for só uma pornografia repetida a modo de letra,melhor ainda.
Pior quando alguns antropólogos ou jornalistas classe-média deslumbrada escrevem para jornalões, jornalecos e internet endeusando as festas de aparelhagem onde pessoas são espancadas selvagemente por seguranças assassinos ou por ladrões na saída. Tudo bem, elas vão porque querem. Mas onde iriam numa cidade que só oferece a droga e o crime como lazer para a criança e o jovem pobres? Estão é condenadas a só ir lá mesmo, mantidas na pobreza e na violência, para "encantar" os que acham fashion ir ver habitat de pobre mas mantendo o seu próprio habitat bem longe da pobreza, da sujeira, do barulho e da violência.
Saímos do exotismo do "inferno verde", com jacarés nas ruas, e agora parece que estamos todos condenados a dançar por séculos um brega melody em último volume, como se aqui fosse impossível qualquer movimento que não seja exclusivamente o dos quadris.
O pior é que rola lá pela Assembleia Legislativa um projeto de lei que quer tornar patrimônio imaterial do Estado, as musicas de aparelhagens.
A poluição sonora vai agradecer.
Como morador do Umarizal, abono tudo o que foi dito pelos demais leitores e digo que me preocupa muito como ficará o bairro depois que for inaugurado o Shopping Doca Boulevard.
Além do barulho da classe média mal educada, com suas músicas de mal gosto ecoando dos carrões pagos sabe-se-lá-como, ainda há risco concreto de ocorrer uma invasão de camelôs.
Ao que eu digo: Ò, horror!!! Ò, horror!!!
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