quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Marcha antiprivatização

No AMAZÔNIA:

Um ato público seguido de caminhada marcou ontem o protesto de integrantes da Frente de Luta contra a Privatização do Saneamento em Belém. O protesto teve início por volta das 8h30. Os manifestantes saíram da escadinha do Cais do Porto em caminhada pelas ruas do Centro em direção ao Palácio Antonio Lemos. A intenção era chamar a atenção da sociedade para os prejuízos que a privatização do serviço de abastecimento de água pode causar à população.
Segurando faixas e cartazes, os manifestantes criticavam o projeto de lei enviado pela Prefeitura Municipal de Belém para votação na Câmara Municipal. 'Privatizar o saneamento de Belém significa repassar para uma empresa privada o controle do abastecimento de água e do esgotamento sanitário. O problema é que uma empresa privada tem como objetivo o lucro, caso contrário não terá como se manter', disse Ronaldo Romeiro, do Sindicato dos Urbanitários do Pará.
Segundo ele, a privatização do serviço representa prejuízos para a sociedade. 'A experiência nos mostra que privatização não significa melhoria na qualidade do serviço, pois em todos os lugares do mundo onde ocorreu causou prejuízos à população. Privatização resulta sim no aumento de tarifa, o que afeta, principalmente, a população mais carente. Quem não tiver dinheiro ficará sem água', afirmou Romeiro.
Ainda segundo ele, somente uma pequena parte da população de Belém dispõe de esgoto. 'A água chega a uma pequena parcela da população, pois os problemas são inúmeros, mas a saída é o investimento público em obras de melhorias e ampliação do sistema, além de ampliação de tarifa social aos mais carentes e a gestão desses recursos', disse o urbanitário.
'O prefeito de Belém (Duciomar Costa) recusou recursos na ordem de R$ 244.500.000,00 destinados à execução de obras de saneamento no município. Esse dinheiro viria do Ministério das Cidades, a partir de um convênio entre governo do estado e governo federal, mas precisaria da concordância do prefeito de Belém, que recusou o investimento na melhoria do sistema de abastecimento de água e esgoto da cidade', denunciou o sindicalista. A manifestação foi encerrada por volta das 12 horas, em frente ao prédio do Palácio Antonio Lemos.

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