sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Justiça impõe multa por invasão de obra

No AMAZÔNIA:

Os trabalhadores da construção civil, em greve desde anteontem, estão proibidos de fazer piquetes próximos aos canteiros de obra. A desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT) Pastora do Socorro Teixeira Leal deferiu o pedido liminar do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Pará (Sinduscon), determinando que os grevistas mantenham distância de, pelo menos, 50 metros dos prédios em construção.
O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Belém e Ananindeua (STICMBA), Ailson Cunha, avisa que as manifestações vão continuar e hoje a categoria pretende voltar a protestar na rodovia Augusto Montenegro.
De acordo com a assessoria de comunicação do TRT, a magistrada ordena que os sindicatos de trabalhadores da construção civil 'se abstenham de praticar atos de violência contra as empresas e contra os empregados que não querem aderir à greve, proibindo-os de realizar piquetes violentos nas portas das empresas, bem como invadir qualquer empresa ou canteiro de obras, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento da decisão'.
O advogado do Sinduscon, Eduardo Brito, afirma que o pedido de 'interdito proibitório' feito pela patronal à Justiça do Trabalho é uma medida preventiva para evitar depredações ao patrimônio das empresas e também para garantir a segurança dos empregados. Segundo Brito, o movimento grevista provocou muitos prejuízos materiais, ainda não calculados pela entidade sindical dos patrões. O advogado não descarta a possibilidade de as empresas lesadas entrarem com representação na Justiça contra o sindicato dos trabalhadores para reparar os danos provocados nos protestos.
O Sinduscon também já entrou com ação na 6º Vara do Trabalho de Belém pedindo a abusividade da greve. A ação está nas mãos do juiz João Carlos de Oliveira Martins, mas ainda não houve determinação. Eduardo Brito diz que a greve provocou surpresa na patronal, uma vez que a negociação sobre reajuste estava em andamento há 20 dias. 'Agora estão suspensas e só vamos retomar quando a greve terminar', assegura o advogado.

Nenhum comentário: