Casa Civil esclarece sobre o uso de aeronaves

De um Anônimo, que, segundo ele mesmo diz, integra a “estrutura administrativa e hierárquica da Casa Civil do governo do Estado”, sobre a postagem Odair, o vice de direito. Puty, o vice de fato.:

Não quero fazer críticas negativas ao seu comentário, de forma alguma. O senhor tem o livre e sagrado direito de escrever e exercer a boa Imprensa, e é bom que seja de fato assim e o faça sempre – para o bem da democracia. É de coração que lhe digo isso. Creia-me!
Mas a minha intenção aqui, e sei que pode parecer difícil de acreditar, não é de forma alguma defender o chefe da Casa Civil – e não é mesmo. No entanto, dentro dos limites que me cabem na estrutura administrativa e hierárquica da Casa Civil do governo do Estado, posso afirmar que – no tocante ao uso das aeronaves do governo – o vice-governador sempre gozou das prerrogativas inerentes ao seu cargo.
Todavia, há no momento situação bem particular. O senhor sabe que a crise mundial pegou a todos de jeito. Não houve criatura nesse mundo globalizado que não tenha sofrido com suas influências. Uns mais, outros bem menos.
Por conta disso, o contingenciamento de nossas despesas, como faz todo mundo em momentos de apertos financeiros, está sendo uma realidade. Não vou continuar com este argumento, porque vai acabar virando uma choradeira e isso não é bom também para a alma.
O governo foi para o interior e, lógico, a utilização dos aviões aumentou. Mas, com a referida crise, o uso das aeronaves, no caso, foi diminuído consideravelmente. Os secretários de Estado podem confirmar isso. A própria governadora está fazendo viagens de carro para o interior do Estado. Mês passado ela se deslocou, via Alça Viária, para a região Tocantina. O chefe da Casa Civil, a mesma coisa. Uma das decisões que tomamos, por exemplo, para onde haja aviação comercial, com Marabá, Santarém, Itaituba, enfim, deve-se optar por ela.
Além disso, meu caro Bemerguy, sobre aviões em manutenção, é também pura verdade. Um avião, o Caravan, está com as horas de vôo esgotadas. O outro, do tipo Xingu, estava à época do pedido do Dr. Odair com um problema na bomba de combustível.
Mas, para sua informação, o senhor pode checar com o gabinete do vice, ontem mesmo (18) ele se deslocou em avião para a cidade de Soure. E, para Santarém, ele já foi de avião de carreira.
É isso. O vice, posso dizer, é realmente um grande parceiro, um homem leal e, sobretudo, bastante cordial nas suas relações. Nada, creia, é feito para inviabilizar a sua atuação e papel constitucionais no nosso Estado.


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Do Espaço Aberto:

É uma pena que o autor do comentário não tenha se identificado.
Seus esclarecimentos, por oportunos, valem um comentário do blog.
Primeiro, ninguém, nenhum leitor, deve sentir-se vexado, constrangido, aturdido ou seja lá o que for, quando tiver críticas a fazer sobre posicionamentos do blog em relação a qualquer assunto.
Segundo, é surpreendente a elegância, a objetividade e a pertinência das colocações do autor do comentário. Por isso, repita-se, é uma pena que ele não tenha se identificado, porque o comum, em situações do gênero, são críticas ofensivas para rebater certos posicionamentos aqui expostos. Críticas que apenas ofendem, mas nada esclarecem.
Terceiro, não se desconhece a crise e suas repercussões nas finanças estaduais.
Quarto, também não se desconhece o esforço do governo do Estado, em apertar os cintos.
Quinto, ao que parece, há procedência nas colocações sobre o uso de aeronaves.
É indesmentível, todavia, que o vice-governador Odair Corrêa tem perdido espaço político no governo.
Mas isso, claro, é um problema dele.
Mas a representatividade institucional do cargo que ocupa é de interesse público, geral. Porque é o contribuinte quem paga certos privilégios inerentes ao cargo, como é o caso do uso de aeronaves.
Por isso é que se reclamou aqui de humilhações, não propriamente à pessoa, mas ao ocupante de cargo constitucional de vice-governador do Estado.
Mas se o vice continua a ser alguém que está merecendo a consideração, não por ser ele Odair, mas por ser o vice-governador constitucional do Estado do Pará, então menos mal.
Para Odair e para o Estado.