quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Bancários podem parar

No AMAZÔNIA:

Bancários de todo o País fazem assembleias hoje para decidir se vão entrar em greve por tempo indeterminado a partir de amanhã por causa do impasse na campanha salarial deste ano. O Comando Nacional dos Bancários, formado por sindicalistas que negociam em nome de 400 mil funcionários (representados por 134 sindicatos de todo o Brasil), informa que, se não houver uma proposta salarial melhor à categoria, os trabalhadores devem parar.
Na última sexta-feira, o comando enviou comunicado à Fenaban (federação dos bancos) rejeitando a oferta feita pela entidade: reajuste salarial de 4,5% e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) paga em duas parcelas. A primeira parte é de 1,5 salário até R$ 10 mil e 4% do lucro líquido deste ano. A segunda parte é de 1,5% do lucro líquido (igualmente distribuído entre os empregados) até R$ 1.500.
'A nossa pauta de reivindicações foi entregue aos bancos no dia 10 de agosto. Após mais de um mês de negociações, eles fizeram uma proposta rebaixada que apenas repõe a inflação, diminui o valor da PLR do ano passado e ignora as outras demandas', afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
De acordo com os sindicalistas, atualmente os bancos podem distribuir até 15% do lucro líquido em forma de PLR para os trabalhadores. Pela proposta feita neste ano, esse percentual seria reduzido para 4%. Os trabalhadores também querem incluir na convenção coletiva cláusula de proteção aos empregos em caso de fusão, o que foi rejeitado pelos empregadores. Na pauta de reivindicação dos bancários está ainda reajuste salarial de 10%, PLR no valor de três salários mais R$ 3.850 fixos. Também pedem valorização dos pisos salariais e adicional de risco de vida de 40% do salário para quem trabalha em agências e postos.
Belém - O Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá também decide hoje se entra ou não em greve. A assembleia geral que vai discutir os indicativos e a proposta da Federação Nacional de Bancos (Fenaban) ocorre a partir das 19 horas, na sede do sindicato, na rua 28 de Setembro, no bairro do Reduto. As principais reivindicações dizem respeito ao reajuste salarial de 10%, mudança na fórmula da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e valorização dos pisos e Plano de Cargos e Salários (PCS).
A possibilidade de greve é considerada pelos trabalhadores desde o dia 10 deste mês, quando houve uma paralisação parcial dos bancos públicos, com a retardação na abertura das agências e ainda com a paralisação de três bancos - Banco do Brasil, Real e Itaú, nas agências localizadas na avenida Almirante Barroso.

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